domingo, agosto 15, 2010

E ponto final

Por Lilian Buzzetto


Eu fumo. Fumo e defendo meu direito de continuar fumando, mas – além de sofrer com o julgamento de transeuntes e desconhecidos sobre a decisão pessoal de acabar com meu corpinho – tomo bronca por ser “da saúde” e questionar o consenso geral de que estou prejudicando inocentes. Minha postura é seguidamente taxada de LAMENTÁVEL. E ponto final.

- Ô moço, mas os estudos sobre fumo passivo não chegaram à conclusão alguma. Fui ler e vi que...
- HERESIA. Quem é você, garota?



Sou uma pessoa idiotizada pelos donos da verdade. O coro é: a OMS falou e está falado. Escreveram no site do INCA e o Globo Repórter fez um programa sobre o assunto: é indiscutível. O governo tem órgãos e institutos que mastigam dados e refletem por você. Sim, o governo que, historicamente, sempre teve como foco o bem comum. Todos os dados são incontestes, porque saúde pública nunca foi moeda corrente para política, né?


Que raios eu fui fazer atrás de estudos originais?
Eu sou uma besta e ponto final.


Se eu entendi direito: a ciência e a sociedade evoluem exatamente quando todo mundo concorda. O homem saiu das cavernas porque todo mundo foi rés de boiada e, agora – finalmente – a humanidade chegou ao ápice da evolução e gente conhece a verdade! E ponto final.

Como pré-projeto de pesquisadora, eu não engulo a ausência de questionamento e morro de medo da ciência que queima, metaforicamente, suas bruxas. Enstrom e Michael Siegel, não-fumantes e antigas lendas do combate ao fumo, foram execrados e boicotados pela comunidade científica por discordarem do exagero na interpretação de dados. Essa ciência aí lembra um pouquinho a Igreja na Idade Média e eu tenho medo.




Se engolíssemos tudo o que vem de cima, ainda viveríamos num planeta achatado, morrendo de medo do inferno. Em minha opinião, que bom que alguns gatos pingados – certos ou errados – contestam o consenso geral. E sinto informar-lhes que sociedades passadas também acharam que sabiam das coisas. Na Antiguidade, já haviam descoberto a causa de TODAS as doenças: os “humores do corpo”. Não devíamos ter parado de investigar e contestar lá trás? Era tudo tão lógico! Convoquem o xamã para tirar o espírito mal do cara! É senso comum. É secular. E é o certo. E ponto final.


Alguns (muitos) P.S.

1. Antes que algum energúmeno comece com o blábláblá-pesquisas-financiadas-pela-malévola-indústria-tabagista: nunca me iludi achando que a Souza Cruz se preocupa mais comigo do que com meu dinheiro. Mas devo acreditar cegamente na santa indústria farmacêutica? O remedinho pra parar de fumar não é de graça. Bem vindos ao mundo capitalista! O dinheiro move o mundo, para os DOIS LADOS, tá cambada?

2. E antes que outro energúmeno venha contar uma triste história pessoal: não me comovo com setores de oncologia porque, em minha opinião, existe um troço chamado Síndrome do Especialista. Minha dentista acha que devo perder metade do dia escovando os dentes, minha dermatologista quer que eu gaste meio salário para não ter câncer de pele e minha podóloga acha que meu dedão do pé é a parte mais importante do corpo e que posso morrer de septicemia se a unha encravada infeccionar. A clínica traz a proximidade com o indivíduo e, obviamente, perder um paciente ou um ente querido para uma “causa evitável” machuca, mas não justifica intervenções no mundo.

3. Decisões que atingem todos devem ser tomadas por riscos significativos a população e é para isto que existe a epidemiologia. Se enveredarmos pelo caminho dos causos pessoais, tudo deveria ser proibido! Bombeiros morrem resgatando pessoas que se meteram em enrascadas por prazer: vamos proibir o povo de se embrenhar no mato?


4. Coisas assustadoras não necessariamente são letais. Sabiam que – em uma idílica praia o risco de ser morto por um coco na cabeça é maior do que o risco de ser atacado por um tubarão? Mas nunca veremos documentários ou campanhas de conscientização sobre o perigo dos cocos. Cocos são criaturinhas de Deus. O tabaco e os tubarões se vestem de negro, usam máscaras e falam com aquela voz de Darth Vader.


5. Que o cigarro, gordura, açúcar, sol e sombra matam milhões por ano nossa ciência já mostrou. Mas o que ninguém ressalta é: mata com quantos anos? Nossa ciência é muito mais nova que o próprio tabaco e, incrivelmente, a população cresceu assustadoramente por milênios com o povo fumando por aí! Dá uma olhada só no século XX. Agora, onde é que pretendem colocar toda essa gente se as pessoas perderem o saudável
hábito de morrer?

6. Tenho uma expectativa de vida de 70 aninhos – talvez menos, porque fumo – e não posso esperar a evolução para “saber”. Não me rendo a intervenções com base no “achismo”. Quando provarem por A+B que estou matando os companheiros de planeta – TALVEZ, eu pare. Mas, não tentem me imprimir culpa com ameaças à la Idade Média porque não vai funcionar. Gostaria de tomar minhas próprias decisões quanto ao que fazer com essa pequena manchinha histórica que serei. E sonho que os quase sete bilhões de pentelhos façam o mesmo e cuidem de seus 70 anos.

E - ó, povo do movimento mundo desenfumaçado: NÃO disse no texto que EU estou certa e ponto final. Estou aberta ao debate e quem quiser os dados que tenho é só pedir, tá?


"Muitas pessoas fazem objeção ao cigarro. Pois eu também faço objeção a uma série de coisas: loção após a barba, adultos que andam de skate, crianças que falam francês ou pessoas com um bronzeado indevido. Mas não saio por aí desfraldando bandeiras ou tentando mudar a lei." Fran Lebowitz


















126 comentários:

  1. Pois é, não fumo, nunca fumei, nem tenho vontade de fumar ou experimentar!
    Mas não fiz isso por causa de propagandas ou coisas do tipo.
    Nunca tive vontade de fumar, porque um irmão do meu avô morreu de câncer de pulmão, ele fumava feito um condenado, um cigarro atrás do outro. Meu tio fuma, e tosse enloquecidamente dia e noite, já tomou remédio, pastilha e um monte de coisas e nunca parou, ele deve gostar!
    Tá, esses são meus motivos.
    Não gosto do cigarro, é tão ruim quando você chega perto de uma pessoa e essa pessoa tem um hálito acigarrado horrível, sério, acaba com qualquer um, sem contar no "perfume" que fica no ar depois de uma fumadinha básica!

    Não gosto e ponto final.
    Quem quiser se matar fumando, que se mate, cada um com sua vida e seus problemas!!


    =)

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  2. São só 70 anos, com uma margem de erro que é você quem faz. Não preciso dar satisfações - muito menos ao governo - e nem ele deveria fiscalizar o que faço com o meu corpinho.
    Art. 5º - II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa se não em virtude de lei.
    É você quem escolhe. E eu escolhi não fumar.

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  3. Muito bom o texto Lilian. Tenho exatamente a mesma opiniao. E acho que dah pra fazer o mesmo texto colocando 'aquecimento global' no lugar de cigarro. Os caras nao conseguem prever o tempo amanha e acham que nos em 100 anos fizemos mais do que a natureza em milhoes. Gostei demais do texto.
    Gandini

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  4. É! Concordo com o colega Orlando, para morrer basta estar vivo!
    E já que estamos vivos, vamos aproveitar cada minuto ao nosso jeito, com o que nos dá prazer e com pessoas que nos fazem felizes a nossa volta!

    Eu mesma não fumo e nem tenho vontade, pois tive mtos problemas com bronquite, não tenho força pra aguentar essa fumaça, essa nicotina... rsrs
    Seu texto é divertido.
    E ainda me lembrou da Epidemiologia, oh vida!

    Mas, enfim.
    Ser feliz é agora! Seja lá como vc escolheu ser! =)

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  5. Ei Lilian!!!
    Posso plagiar o moço ali??? É isso que vou fazer!!
    "Pra morrer, basta estar vivo" já disse Orlando Camargo ali em cima.
    Cada um faz da sua vida o que quer e ninguém tem nada a ver com isso.
    O problema é as pessoas cada vez mais quererem olhar pra vida dos outros mas não olham para o próprio umbigo, foda-se essas pessoas!!!
    Fume seu cigarro e vá ser feliz!!!
    Beijo, Edilene

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  6. Não vou ser hipócrita; eu gosto de todo o terrorismo e de todas as leis anti-tabagismo que rolam por aí. Por um simples motivo: conveniência. Eu não gosto do cheiro do cigarro, sou alérgica à fumaça e, se estiver num ambiente fechado, posso passar mal. Mas, como diz a célebre frase atribuída a Voltaire, "posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até o fim o direito que tens de dizê-lo". Tenho amigos que fumam, e não evito a presença deles por causa disso. Eventualmente solto uma piada (vai que cola, né) mas também não torro o saco de ninguém, porque detesto quando fazem isso comigo.

    Enfim, tudo na vida, pra mim, se resume à máxima: cada um com seu cada um, e deixa o cada um dos outros. Acho que respeito deve existir; fumar num transporte coletivo é falta de respeito, tanto quanto ouvir aqueles malditos funks (que, aliás, também deveriam ocasionar algum tipo de câncer - no cérebro). Mas se o camarada quer virar uma chaminé de fábrica da Inglaterra em plena Revolução Industrial, contanto que não solte fumaça na minha cara, por mim... Que fique à vontade!

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  7. Na minha profissão vejo quase todos os dias pessoas que estão deitadas ali por causa do cigarro, então não posso ser a favor dele. Em questão de saúde pública, é uma ótima idéia combater o fumo.
    Penso assim: meu direito acaba onde começa o dos outros. Se a fumaça incomoda, não posso impô-la a quem quer que seja.Não se trata de demonizar ou discriminar quem fuma, somente é uma boa idéia que as gerações futuras cresçam sabendo que o cigarro dá câncer, enfizema, infarto, derrame, trombose, impotência e outras coisinhas maravilhosas mais, e tudo isso eu posso provar.
    Mas como disse a nossa querida Fiona, ops quero dizer...Lillian no Twitter, eu não preciso concordar com o texto para gostar dele.
    Me resta elogiar o texto e sentir inveja por não ter esse estilo e essa categoria na hora de escrever.
    Parabéns, melhor texto seu até aqui...

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  8. Muito bom o texto...

    P.s.: Também sou contra pessoas com bronzeamento indevido... ahuahauhauahauhauhauhauha

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  9. O destaque do texto acaba sendo o cigarro - quando na verdade é uma baita crítica a ciência. Substitua o fumo por qualquer outro medo que a sociedade tem.

    O que vejo aqui é a aceitação inconteste do pronto e acabado. Cadê a essencia da ciência que é questionar, questionar, questionar...

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  10. Eu já escrevi tudo isso e deu pane, como sempre qd tento escrever de novo nunca saí bom como eu gostaria, não reparem ok...
    Eu concordo com tudo isso, também acho que o texto não tem só a ver com cigarro, e sim com a ciência, com o que é provado ou não, com o que está certo ou errado, o que se torna a ciência se não for provada?? Minha mãe fuma desde novinha, tem 58 anos e quando vai ao médico, nenhum consegue dizer nada sobre o ato (maléfico ou não). Nadinha, nenhum sinal de que isto está encurtando a vida dela. Já minha tia de 38 anos, aparentemente saudável, com uma filha de 1 ano e meio, natureba, completamente contra coisas que segundo ela "faziam mal a saúde", engordavam ou a deixariam alterada, como remédios. Nunca fumou, fazia exercícios (caminhava pelo menos), teve câncer de pulmão e morreu, sem explicação, sem motivos "normais". Segundo os médicos, ela mesma provocou o câncer, já que não temos histórico familiar para tal mal. Ela provocou, sabe-se lá pq, talvez o stress de evitar tudo que "fazia mal", de estar sempre preocupada com o peso, em não tomar refrigerantes, remédios, não fumar, sei lá... O fato é que morreu, e todos nós sabemos que isso vai acontecer, então não devemos nos privar do que gostamos, do que queremos, está provado, cientificamente, siga, se quiser, cada um é dono do seu próprio corpo, seja feliz e curta a vida, pq nunca sabemos o que irá acontecer amanhã... Acho que é isso...
    Ótimo texto Liliam, como sempre... E boa sorte para nós, simples mortais... fui...

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  11. Você escreve com uma raiva que eu adoro!
    E você está certa e ponto final. Não sabemos coisa nenhuma e isso é fato. Todas as certezas da ciência são mascaradas pelo poder das "coorporations". Fica difícil no mundo de hoje saber o que é bom e o que é ruim. Por via das dúvidas, vou fumar mais um cigarro.

    Beijos

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  12. Como não fumante, sempre me intrigou o fato d na média dentre as mulheres q conheço, as fumantes serem infinitamente mais interessantes q as não fumantes.
    Ironias da vida rs

    Sinceridade? Nos limites d cada um, qdo a companhia/ambiente são ou estão Bons, suportamos a fumaça e outros efeitos colaterais s/turbulências, isto qdo os percebemos ( ah, a relatividade rs ); agora qdo (a companhia/ambiente) não é ou não está (agradável), não há Ar Puro e Bom Hálito q segurem ninguém.

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  13. Não sou fumante, nem cientista, nem médica. Não sei de dado algum para corroborar esta ou aquela teoria, mas pra mim é bastante óbvio que o cigarro é, sim, prejudicial à saúde. Concordo que pra morrer basta estar vivo, mas como diria o Magyver, morrer todo mundo vai, o segredo é não ter pressa.
    É claro que existem fumantes que não morrem por causa do cigarro. Frank Sinatra fumava como uma chaminé, bebia e viveu até os 80 anos (e cantando como nunca!). E o contrário, bizarramente, acontece: não-fumantes morrendo de câncer de pulmão, de esôfago, etc. E como explicar isso?
    A ciência tenta. Com a tecnologia e o conhecimento adquirido através dos tempos, novos cientistas substituem seus mentores e tentam alcançar as verdadeiras e certeiras respostas. É claro que as teorias mudam. E ainda bem que mudam. Sinal de que não estamos perfeitamente satisfeitos com as respostas que obtivemos e há sempre uma nova pergunta, um novo obstáculo, uma nova "epidemia" a ser controlada.
    Acho que ninguém tem a ilusão de estar totalmente certo e tenho certeza de que os pesquisadores querem mesmo ser desafiados, para que os acertos se sobreponham aos erros.
    Na minha humilde opinião, você escolhe ingerir, usar, se viciar, desfrutar do que bem entender. É direito constitucional teu! Contudo, se as conseqüências de seus hábitos e ações podem ser sentidas (positiva ou negativamente) por outros à sua volta, aí a coisa muda de figura. É simplesmente uma questão de respeito. E respeito é o valor de que a humanidade parece ter se esquecido completamente. E, por uma questão de respeito, não acho certo uma pessoa fumar dentro de um restaurante, por ex. Ou dentro de um ônibus, metrô ou avião. Detesto como o fedor do cigarro impregna as roupas, o cabelo, o hálito! Beijar um fumante (pra quem não fuma, é claro) é coisa pra “macho”!
    Da mesma forma, não é certo a pessoa resolver "dar umazinha", no meio da manhã, em praça pública. Como não é certo uma pessoa te apontar uma arma na cara e levar o ipod que você demorou meses pra comprar! Não é legal o seu vizinho ouvir aquele funk ou sertanejo (pense em algo que vc detesta!), na maior altura, às 11 horas da noite de uma segunda-feira! Também não é certo ficar passando mensagens pelo celular enquanto o seu professor faz esforço pra tentar te ensinar alguma coisa que preste. Assim como é terrível ver motoristas jogando os carros em cima dos pedestres como se fossem os donos da rua. Não é legal obrigar alguém a seguir um determinado credo ou ridicularizar alguém por acreditar em algo que vc acha absurdo.
    E eu poderia seguir a noite toda citando exemplos, minha cara Lilian. É apenas uma questão de respeito. Um viciado em cocaína não cai num buraco de destruição sozinho. Leva consigo pai, mãe, filho, amigos, marido e esposa, namorado e namorada. A vida de todo mundo que se importa com aquela pessoa é arruinada. E se essa pessoa por acaso morre, bem, quem continua a viver no inferno é quem fica pra trás, tendo que superar a perda e lidar com as seqüelas do desastre.
    Acredito que cada organismo tem uma reação diferente a determinado estímulo ou substância. O seu pode ser extremamente tolerante ao cigarro e por isso vc vai viver, fumando, até os 100 anos! Da mesma forma, alguém que mora com vc pode ser perigosamente vulnerável às substâncias nocivas do cigarro e esta sim, mesmo não fumando, vai sofrer as conseqüências do seu vício.
    Ninguém vive isolado. Ninguém pode agir como se fosse a pessoa mais importante do mundo e que se danem os outros! Não, não é assim, não! Hoje o que impera é a cultura do "eu". Eu posso, eu quero, eu gosto, eu preciso ter, eu tenho direitos. E o direito do outro?
    Equilíbrio. Entre ciência e religião. Entre o certo e o errado. Entre o que te pertence e o que me pertence. Entre o proibido e o permitido. Entre direitos e deveres. Entre mim e você. E ponto final! Eu acho rsss...
    Beijos pra vc!

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  14. Tenho amigos que fumam. Eu nunca fumei, nem tenho vontade. Já coloquei um narguilé na boca, mas não acho assim GRANDE coisa. Pra mim, fumar é a coisa mais idiota que o ser humano inventou. Você gasta uma boa parte da sua renda pra respirar fumaça? Putz, coisa mais retardada!

    Sem contar que tem muita gente que fuma pra se sentir mais sexy. Olha o bofe ou a gatinha surgindo no horizonte e já acende um. Aí faz caras e bocas, inspira e expira a fumaça com olhar de intelectual sexy. Tem gente também que se sente mais esperto por fumar. Acham que cigarro combina com inteligência... Pra pensar, puxam um pouco da fumaça e soltam; e colocam a mão no queixo, esfregam os dedos ali e logo soltam as "frases geniais".
    Aí os fumantes se sentem perseguidos. Fazem textos como esse em seus blogs; criam uma grande teoria da conspiração. Afinal, o mundo todo está contra nós, contra nossa escolha de comprar fumacinha, contra nossa escolha de feder diariamente, de ter os dentes pretos!

    Olha lá mais um comercial do "O ministério da saúde adverte"!

    Enfim, já vi gente morrer de câncer... Não digo que é a coisa mais linda de se ver. (Ainda me lembro dela pedindo "água, água" e agonizando). Não gosto muito do cheiro de quem fuma... Se minha namorada fumar, encho o saco até que ela pare. Porém, o que menos gosto é dessa intelectualização do tabaco que citei acima: essas pessoas que vão aos cafés com cachecol, boina, falando francês, citando o cinema Iuguslavo, os poemas de Riumbaud e soltando fumacinha com ar de intelectual.

    É isso. Eu acho. =P

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  15. Sou fumante e não precisei de nenhuma lei p/ ter consciência que não se deve fumar em lugares fechados.Sempre respeitei os espaços públicos.Sou casada com cardiologista e mãe de estudantes de medicina,conheço tdos os maléficios do cigarro e não abro mão de meu direito de escolha.Meu vicio não influenciou nenhum filho meu - todos não fumantes.Me incomoda ouvir que é possível ter câncer se conviver perto de um fumante,sejamos mais críticos com pesquisas e estudos.Os antitabagistas estão travestidos em justiceiros do bem e tentam transformar os fumantes em um grupo subversivo,herege que merecem a fogueira santa em uma cruzada do "bem" contra o "mal".A tal geração saúde moldada com esteróides anabolizantes que se transformam em bombas que implodem o organismo da pessoa que os usa é vista como exemplo, enqto pessoas adultas com um cigarro na mão são vistas como vilãs assassinas. E a hipocrisia continua...

    Eva _ Hewson

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  16. EU FUMO, pq quero e respeito que não fuma, tanto que não fumo em lugares fechados, muito menos perto de quem eu sei que não fuma e não gosta, ou seja, RESPEITO quem não gosta, portanto gostaria de ser respeitada tb.
    DETESTO gente que diz: "vai morrer logo", "está encurtando 10 anos de vida", "fumar é cafona", etc.
    O fato é que o meu espaço termina onde começa o do outro, numa via de mão dupla. E, como vc disse, PONTO FINAL.
    PARABÉNS pelo texto.
    Bjs

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  17. Fumo sim, porque gosto e problema meu!
    Sempre respeitei a casa e ambiente alheio, porém fico muito P da vida com a proibição em locais "abertos", tipo barzinhos com cadeiras na calçada, onde preciso ficar em pé pra fumar meu santo cigarrinho.Resumindo: o local e pessoas presentes são as mesmas, mas o fato de fumar sentada me torna uma pessoa perigosa. (o estabelecimento poderá ser multado)Levanto-me da cadeira e pronto...FUMO sem risco para o dono do boteco, apesar de não saber onde enfiar as cinzas e a bituca. ALÔ OU...

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  18. Acho que a “intelectualização do tabaco” deixou de existir faz tempo, lá pelos idos anos 70. E essa de se sentir mais esperto por fumar só vale para adolescentes.
    Fumar dá prazer e, nos dias de hoje, sentir prazer é um crime.

    No movimento pendular da História, nós estamos saindo da fase libertária e voltando a viver o tempo dos moralistas. Isso é muito forte em São Paulo (vide a popularidade de políticos como o Serra). Sei lá quando essa onda de gente “do bem” vai tomar o planeta com mais força. Espero não estar mais vivo até lá.

    Fumo porque gosto, não faço apologia ao cigarro e não estou nem aí pra quem faz campanha contra. Eles têm todo o tempo do mundo pra fazer isso, pois não fumam e são imortais. Prefiro gastar o pouco tempo que me resta assistindo a filmes iugoslavos e lendo poetas franceses. :D

    Existe um lado bom no efeito manada: o comportamento humano é perfeitamente previsível. Uso isso na minha profissão.

    A foto da boiada resume bem o texto e a vida.

    bjs.

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  19. Parabéns pelo texto, "jornalista"!
    vc morreria cedo na minha profissao! hahahaha

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  20. Sempre tenho medo das "verdades absolutas", não importa de quando datem. Verdade absoluta alguma, por sinal, resistiu ao tempo -- um breve estudo de como se formam novos paradigmas científicos revela isso para qualquer um. Isso é, qualquer um, vírgula -- revela àqueles que se dão ao trabalho de procurar de onde vem as tais verdades -- coisa que ninguém, hoje em dia, parece ter tempo/vontade/competência para fazer.

    Por estas e outras, prefiro minhas mentiras relativas -- que ao menos são MINHAS -- às verdades absolutas dos outros.

    Beijos, ótimo texto -- como sempre.
    Fabio Piva
    http://paciencianegativa.blogspot.com/

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  21. Lilian,
    como sempre, ótimo! Quase tudo dito. Só ficou faltando falar sobre as criaturas que são "alérgicas" a cigarro. Essas são demais! Há poucos anos, ninguém - repetindo - ninguém tinha alergia a cigarro. Depois que começou essa campanha grande e boba, os "alérgicos" apareceram mais que besouro depois da chuva...
    Abs,
    T.

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  22. Em relação ao que vc disse no meu blog, concordo plenamente com você, quando se faltam argumentos as pessoas partem para a agressão verbal mas enfim...

    em Relação ao seu blog,é muito bem feito, e quanto ao seu texto sobre cigarro, achei legal a forma como você escreve. realmente merece os parabéns.

    sucesso.

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  23. Todos vão morrer um dia...isso é fato!
    o modo como se chega a isso,não sabemos...evitar coisas que possam prejudicar a nossa saúde é o mínimo que podemos fazer pra nos mantermos devidamente bem nessa vida maluca aqui...ahh,mas isso faz quem quer...
    Particulamente abomino o cigarro,independe de seus males à saúde,o cheiro é horrível,entranha na roupa,aff...e seu futum sobrepuja o cheiro de qualquer perfume...enfim é autamente deselegante e extremamente nescecessário.

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  24. Já fumei um pouco, na balada, nunca fui viciado. Mas os chatos de plantão - tanto os que tendem demasiadamente tanto para um quanto para o outro lado- são um saco!
    Engraçado que ninguém para o trânsito e olha feio, motorista por motorista, do alto de sua bicicleta. Mas contra uma pessoa é mais fácil. O que é pior a um passivo? A fumaça dos carros ou a de um cigarro?

    bj
    Cidadão das nuvens

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  25. Já dizia o filósofo: "Tudo que sei é que nada sei". Mesmo tendo dito disso há muitos mil anos, desde sempre há pessoas que continuam teimando em matar e morrer por verdades e certezas que, muitas vezes, nem suas são. A única vantagem que vejo em tudo isso é sua contribuição ao controle demográfico. E viva as bruxas!

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  26. as pessoas tem o péssimo habito de acreditar em tudo que veem na televisão que é o meio de comunicação mais manipulado no mundo pelo capitalismo e interesses privados! falta muita consciencia pra esse povo!

    http://deixakieto.blogspot.com/

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  27. como não sou fumante ñ tenho o que reclamar das leis anti-tabagistas... hauihaiuahuiahaui

    mas que deve ser um saco ter sempre alguma pessoa pra falar que cigarro faz mal, isso deve ser!

    texto divertido =D

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  28. Não fumo. E quase morri na única vez que tentei.

    Mas também sei respeitar quem fuma. Se você gosta, te faz bem, ok. É seu direito.

    Mas também não sou radical de ficar fazendo campanhas e blábláblá.

    Eu tenho séria alergia à fumaça do cigarro. Perco a voz, me dá coceira e fico tossindo feita uma tuberculosa.

    Mas nem por isso evito meus amigos que fumam.

    Paciência.

    P.S.: Ainda bem que não fizeram uma campanha contra o álcool e cirrose. Aí sim, seria o fim.

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  29. Vou citar um sujeitinho chamado Albert Camus (gente finíssima!) que escreveu um troço mais ou menos assim: "Quer ter uma vida limpa? Está bem, vamos limpá-lo: pegue aí um emprego, uma família e férias organizadas. E os pequenos dentes cravam na carne e no osso".

    Efeitos do pensamento único, linear. De repente surge uma tal "gripe suína" e todo mundo morre de medo e vai tomar a vacina porque a OMS, o Temporão e a Grobo fizeram aquele circo todo - e de Tamiflu aqui e ali a indústria farmacêutica lucrou alguns milhões de dólares. Enquanto isso a Dengue continua fazendo vítimas nos rincões brasileiros. Não que a H1N1 não fosse perigosa, mas o alarde foi tamanho que parecia a volta da "peste" que dizimou metade de Europa.

    Preferências pessoais à parte, este é um traço que você aponta no texto e eu gostei bastante: a questão da informação e quem a detém. E principalmente, o que fazemos com toda essa overdose de informação. Engolimos tudo numa boa ou questionamos?

    Abs! Gostei do seu estilo!

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  30. Ao texto da senhora Lilian Buzetto cabem colocações.

    Se ela procura razões para não fumar perto dos outros é simples, e não precisa de outra, nem precisa de lei, incomoda. Simples!

    Ela gosta do cheiro do cigarro e do cheiro de sua fumaça, ótimo, que fume, fume até os pulmões dela virarem pedra, não me importa. Só não fume do meu lado. A fumaça é o resíduo do vício dela. É a consequência do prazer dela de fumar.

    Faço paralelo aos meus vícios:

    Gosto de beber. Já bebi e já dirigi, antes da Lei Seca, e nunca matei ninguém. Mais pessoas morrem no banheiro que no trânsito. Portanto, seguindo o raciocínio da autora do blog, eu deveria fazer xixi nela e depois sair por aí, embriagado, dirigindo meu carro.

    A urina é o resíduo do meu vício, se ela joga o resíduo do dela em meus pulmões e acha que tudo bem, então ela não vai ligar de voltar sempre mijada para casa. Se ela aceitar isso ela pode fumar ao meu redor numa boa. Fora isso tudo que ela falou é pura hipocrisia.

    E quanto à justificativa para eu fazer xixi nela, simples: banheiros matam.

    Mas eu posso sair do bar e dirigir, quanto a isso não há problema. Nunca matei ninguém. Minha estatística de mortes no trânsito não justificam a Lei Seca! Tenho zero mortes por conduzir depois de consumir álcool, então, no meu caso é seguro...

    Pois é, não, não é! Não preciso matar ninguém para saber que há risco, e existe lei que regulamenta isso, só a possibilidade de poder matar alguém no trânsito por estar alcoolizado já me serve de estímulo para seguir a lei.

    Mas isso não serve a senhora Buzetto, não é? Ela não se freia por lei ou por possibilidades... Ela quer prova! Ela é questionadora! Um viva para ela!

    Bem, seguimos assim, eu bebo minha cerveja e faço xixi nos fumantes... Se por eles tudo bem, então vá lá, soltem fumaça na minha cara e depois sambem com seus irmãos gêmeos embaçados na frente do meu carro enquanto dirijo para casa bêbado.

    Enquanto eu não matar ninguém assim estará tudo bem pra mim. E para você, senhora Buzetto, está também?

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  31. Lilian, nada contra você, até porque você é sem dúvida a minha cronista favorita.

    Não foi a mídia ou a Lei que colocou na cabeça das pessoas que elas não GOSTAM de cigarro e que incomoda a fumaça. O cigarro, pra quem não fuma, é um negócio que incomoda e incomoda muito.

    A lei pode até ter sido algo radical, mas talvez nem existisse se os fumantes respeitassem aqueles que não fumam.

    Agora esses "não-fimantes simpatizantes" esses sim são os hipócritas. Essa é uma questão que não dá pra ficar em cima do muro, ou você é fumante e odeia a lei ou você não é fumante e ADORA a lei.

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  32. Feio,

    Esse seu carro aí (esse que você quer usar pra atropelar os fumantes) produz em 1 minuto o equivalente a mais de 100 cigarros. Isso incomoda mais do que xixi, meu camarada.

    Você é um amante das leis, então vamos fazer uma pra proibir a circulação do seu automóvel. Que tal? Como você vai dirigir bêbado sem um carro?

    Outra coisa: já que a rua é o único lugar que resta pra eu acender um cigarro, não quero você dirigindo bêbado por lá.

    Ficamos assim: seu carro será confiscado (por lei, é claro) e nós só acenderemos os nossos cigarros na calçada, bem longe do seu pulmão.

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  33. Perfeito o raciocínio do Feio, com a ressalva que o Fred fez acima. Você tem que só trocar de veículo. Talvez uma bicicleta.

    Além disso, você tem que mijar nela e em si mesmo, para então sair por aí impregnado do odor da urina. Se não incomodar ninguém, nem matar ninguém com a sua bicicleta, tá tudo certo!

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  34. Gente, adoro polêmica! rsss... (este já é meu segundo comment). O Feio só está dizendo que já que ele nunca matou ninguém dirigindo bêbado, então a lei não valeria pra ele. Ele estaria acima da lei. E a Lilian, ao defender seu direito de fumar onde e qdo bem entender se coloca numa posição de fumante "inofensiva". Ora, como eu já disse, é uma questão de respeito e bom-senso. Se os fumantes tivessem bom-senso e respeitassem os não-fumantes, não haveria necessidade de uma lei, não é mesmo? Se ela existe, é pq exageros estavam ocorrendo. A lei acaba sendo exagerada? Fazer o q? Só assim pra coibir as pessoas. Mal comparado, é a mesma coisa que vc pedir ao Papa que saia por aí apoiando o sexo livre com o uso de camisinha. Ele não pode aliviar. Todo mundo já peca pra cacete, imagina se ele consentir??? rssss... (e estou citando este fato apenas como exemplo. Eu não sou beata e não sou virgem, que fique claro hahahahahahaha).
    O Feio poderia ter sido mais sutil (leia-se educado rsssss) mas ele tem razão. A partir do momento que algo precisa ser regulamentado por uma lei, bem, é pq a coisa já virou a casa da mãe Joana. E no caso dos fumantes, era bem por aí.
    Bem, acho que chega de comentários. For now!!!
    Beijos a todos do Mulherices!
    Ana Cristina Mokdeci

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  35. Não gosto de cigarros e acho a Lei extremamente exagerada, assim como o toque de recolher em algumas cidades, assim como a Lei seca. Como citou o coleguinha um carro solta muito mais fumacinhas que vários cigarros, se quiserem respirar em paz só indo para Amazônia. Eu odeio a fumaça do churrasquinho perto da minha casa e mesmo assim continuo comendo, detesto cigarro (ainda bem que inventaram os de cereja, menta... que não incomodam, não a mim), porém sempre ia para festas onde parecia estar numa chaminé e me divertia muito, Tenho amigos que não desgrudam do cigarro e são muito mais interessantes que os que comem salada e bebem no copo de plástico. Então caros neste mundo de tantas proibições, como dizia Exupèry "É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas".

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  36. Meu cigarro também é elétrico. ;)

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  37. Sim, meu carro é elétrico e não solta fumaça na cara de ninguém.

    Além disso eu não dirijo bêbado.

    Estava trançando um paralelo ao raciocínio da senhora Buzetto.

    Ela diz que não há problemas com sua fumaça, logo não há problemas com minha urina. Que de acordo com meu último exame, está impecável.

    Ela disse que não há provas que a fumaça dela faça mal. Minha urina é igualmente inofensiva.

    E eu não preciso respeitar a Lei Seca mais do que ela precisa respeitar a Lei Anti-Fumo.

    Na verdade, a lei Anti-Fumo não é contra os fumantes, ela é a favor dos não-fumantes; o que é muito diferente.

    Em tabacarias, por exemplo, pode-se fumar à vontade, mesmo sendo elas um ambiente fechado.

    Ou seja, ela não proíbe o fumante de fumar, ela só protege aquele que sempre foi desrespeitado em seu direito de NÃO FUMAR.

    Realmente não haveria necessidade de lei nenhuma se todo mundo respeitasse o direito dos outros.

    Portanto, a senhora Buzetto e nenhum outro fumante precisa provar que a fumaça faz mal, que o cigarro é malígno e nem nada do tipo. Eles só precisam entender que eu não quero sentir o fedor do cigarro deles, bem como eles não querem ser mijados.

    Eu não mijo nos fumantes, porque eles querem soltar a fumaça na minha cara?

    E repito, se os fumantes não ligarem de eu mijar neles, eles podem soltar a fumaça na minha cara quando quiserem...

    Mas tem que deixar todo bebedor de cerveja fazer xixi neles como se eles fossem o mictório do bar, senão é hipocrisia pura vir querer soltar fumaça no meu nariz.

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  38. Bem, meu caro Fred, se seu cigarro é elétrico e não solta fumaça no meu nariz, você pode fumá-lo onde quiser... Não vai ter ninguém reclamando dele.

    Só se você for muito fedorento, como um mendigo desses que, igual aos fumantes, são colocados pra fora dos bares e ambientes fechados, em respeito ao nariz do próximo... rs

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  39. PARTE 1) O foco do texto não foi a lei, mas ciência. Mas tenho opinião quanto à lei também. Em uma coisa CONCORDO COM NÃO FUMANTES: fumava-se em quase todos os bares, casas noturnas e restaurantes e isso obrigava vocês a voltar para casa com o nariz escorrendo e fedendo a cigarro. Só não acho que para corrigir a falta de opção a que vocês foram submetidos, devamos renegar fumantes a mesma falta de opção agora.

    1) INCOMODO: “Quer razão para não fumar perto dos outros? Incomoda”. Não entra na minha cabeça que INCOMODO seja motivo de BANIMENTO. Muita coisa me incomoda: funk na velocidade 418, gente que escreve português errado, gente que usa perfume barato ou em excesso... e nem por isso, sou a favor de uma higienização da sociedade segundo minhas ojerizas. Não quero que todas as boates de funk sejam fechadas, que semi-alfabetizados sejam proibidos de postar na internet e que perfumados sejam banidos de locais públicos.

    A autora - continua...

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  40. PARTE 2) 2) URINA: Sou a favor da opção. Se você, Feio, e alguns companheiros acharem divertido fazer xixi uns nos outros [como eu e meus companheiros fumantes achamos jogar fumaça uns nos outros], serei eu a primeira a argumentar que você tem o direito de abrir um estabelecimento só para Mijantes. Eu não seria obrigada a ir lá, mas você poderia voltar molhado para casa quando quisesse. E se quiseram andar cheirando urina por aí – tem todo o direito. [Tenho minhas ojerizas olfativas e gente com perfume de canela não é proibida de entrar no meu transporte coletivo].
    3) A CASA DA MÃE JOANA: Fumantes são desrespeitosos, daí a lei. Existem fumantes educados e mal-educados na exata mesma proporção que não fumantes. Fumar não faz de mim um ogro, assim como não fumar não torna ninguém uma lady. Vamos corrigir TODAS as formas possíveis de desrespeito ao outro com lei? Sugiro, então, lei que proíba pais de freqüentarem lugares públicos com crianças. Alguns não têm o menor respeito ao espaço do próximo e o número de crianças gritando pelos corredores de mercados e restaurantes já virou a casa da mãe Joana. Se afetar bons pais com filhos educados, paciência. É pelo bem maior.

    Opção aos fumantes, não fumantes, vegetarianos, onívoros, educados, grosseiros, mijantes e sequinhos. Eu acho. E fico feliz com a polêmica, a todos os que discordaram, inclusive ao feio. Fico feliz com o questionamento e acho que toda a discussão – se educada, é proveitosa. Abraços.

    A autora.

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  41. Cesar Rezende ( Twiter: CesarBugrino)17 de agosto de 2010 às 18:38

    Menina,como já te disse, acho que você radicalizou,mas demonstra muita personalidade!!!
    O tema é muito polêmico, aliás como tudo na vida,e depente do ponto de observação de cada um.Mas ao final o que vale mesmo na vida é se sentir bem,viver intensamente cada momento,e se entregar as paixões e prazeres com muita alegria... Coisas que pelo que vejo sabes fazer muito bem! O resto é somente o resto, parabéns em beijão do Cesar Rezende.

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  42. hauhauahuahuahuahauua adorei... sou sua fã Lilian rsrsrs...

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  43. Fumo...
    Adoro ver a fumaça subindo, fininha
    Bebo, adoro a cor do meu vinho
    Fumar tem um glamour todo especial, uma coisa meio jazz, meio blue.
    Tb não confio muito em gente que não fuma não bebe e não gosta de gatos!
    parabéns!!!

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  44. Achei o texto ótimo, delicioso de se ler e de se sentir a emoção, a inteligência e sensibilidade com que foi escrito.
    O assunto muito seletivo. Há que saber reconhecer e avaliar valores como educação, respeito, individualidade x coletividade, sociedade, capitalismo, domínio de massas e outros tantos que infelizmente raramente são questionados ou sequer percebidos pela maioria. Quase sempre confundidos com egoísmos e direitos próprios em nome de qualquer razão que lhes chegou aos ouvidos. Sempre a forma mais fácil e banal de ser e de estar... misturado aos bois.

    Um abraço e parabéns,
    @comTHnofim (Ana Nazareth)

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  45. Algumas outras ponderações, mas aqui não é lugar para debate, respeito a sessão de comentários e acho que a autora tem todo direito de não querer ser banida dos estabelecimentos onde ela agora...

    Opa!

    Não há banimento...

    Qualquer fumante pode frequentar qualquer ambiente, NÃO FORAM BANIDOS, isto é uma distorção da verdade. O que foi banido do ambiente foi apenas a fumaça do cigarro que incomoda (e muito) os que não fumam.

    A autora diz que não frequentaria o bar que autorizassem fazer xixi nos fumantes. Obedecendo essa lógica ela provavelmente sugere que os que não gostem da fumaça não frequentem os bares em que iriam os fumantes. Ótimo! Criem um bar para fumantes! Ou melhor, façam o que quiserem em tabacarias, joguem fumaça uns nas caras dos outros o dia inteiro. Eu também não irei lá.

    E fica assim, eu crio um bar em que as pessoas mijam nos fumantes e a autora não vai lá, ela cria um bar em que os fumantes jogam fumaça na cara dos outros e eu não vou lá... Nos outros lugares do planeta fica combinado assim: Ela não assopra a fumaça na minha cara e eu não mijo nela. Simples!

    Mas não é isso que ela quer, não! Ela quer jogar a fumaça na cara dos outros, mas não quer ser mijada! E isso é uma hipocrisia fantástica. Em que o vício do cigarro é melhor que o vício da bebida? Em que o resíduo do vício dela é melhor que o resíduo do meu?

    Eu teria que criar um bar só para um mijar no outro e ela não... Ela poderia fumar em qualquer lugar... Por quê?! Ah, porque fumantes não se importam com a fumaça que soltam, e acham que ela não faz mal nenhum. Já o xixi dos outros...

    Engraçado é que existem estabelecimentos que tocam funk, samba, mpb, música eletrônica, pagode. Mas existem lugares que não tocam. Ou seja, se eu não gosto de funk, basta eu sair para um lugar que não toque funk. Mas para eu sair para um lugar que não tenha fumaça de cigarros, como faço sem a lei?

    A senhora Buzetto se esquece que em um ambiente com centenas de pessoas que não fumem, basta apenas UMA acender UM cigarro para incomodar TODAS as demais, mesmo que ela seja a única fumante, e não é exagero. Incomoda mesmo!

    E sem a lei os não fumantes não tem opção, são obrigados a engolir a fumaça, literalmente.

    Mantenho minha oferta, e não me venham dizer para eu abrir meu bar em um lugar separado onde os fumantes possam optar não frequentar quando eles não me dão essa opção! Toda vez que estiver em um lugar público fechado e sentir um cheiro de fumaça insuportável no ar, procuro o fumante e faço meu xixi nele... Se ele acha que isso é um abuso, uma afronta, então ele não pode achar que a fumaça dele não me cause o mesmo efeito.

    Se os fumantes toparem ser mijados por pessoas que são obrigadas a sentir o cheiro da sua fumaça, então eu abro exceção... Quero ver, alguém topa?

    Ser fumante é opção pessoal, e não é a minha. Não sejamos hipócritas.

    E quanto à bagunça, só tenho uma coisa a dizer: Seria ótimo que todas acabassem, seria sim, mas precisamos começar por algum lugar, por que não pela bagunça do cigarro? Depois partiremos para os perfumes de canela, quem sabe?

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  46. Saudável hábito de morrer. Isso é inovação. Que a morte nos chegue como um beijo.
    Roubado.
    Apaixonado.
    Desejado.
    Temido.
    Lascivo.
    Frio.
    Como vier, como faz o beija-flor.
    Nossa única certeza.
    Pois que se viva como se viver fosse atravessar os dois pontos como se faz numa ponte que leva de um lado a outro. E que seja eterna enquanto dure. É mortal posto que é chama.

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  47. E só mais uma coisa, e juro que é a última... rs

    Se o fumante é educado e não fuma em lugares públicos para não incomodar aqueles que não fumam, então ele não tem com o que se preocupar.

    Sua rotina não será alterada em nada.

    A lei só altera a rotina do fumante sem educação que fuma em ambiente fechado que tenha pessoas que não querem sentir o fedor de sua fumaça.

    E claro, como eu não faço xixi em ninguém, a proposta era somente um raciocínio paralelo que fiz mesmo para chocar, porque sou muito educado. Sei que fumantes educados já não fumavam nos lugares que agora a lei proíbe que os mal-educados fumem.

    Mas a autora, a senhora Buzetto, ela é educada e não será, portanto, afetada pela lei... Não é?

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  48. Hoje só os não fuamntes e os ex-fumantes passaram por aqui O.O
    Bom, eu sou fumante. Mas sou uma fumante consciente.
    Respeito quem não fuma, fumo em lugar aberto, sempre tenho um chiclets na bolsa, um creme para as mãos e etc...
    Mas tem gente que faz questão de ficar perto da MINHA fumaça só pra ficar me encaralhando a paciência :@
    Mermão se não gosta "PEGA O BECO", sai de perto de mim e para de ficar falando que eu vou morrer, TU TMB VAI, oras --'
    Tô de saco cheio desse povo que se mete na minha vida e no meu vicio.

    A vida é minha, eu sustento o meu vicio e PONTO FINAL!


    By: @BrunaRomara

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  49. Não me interessa fumo, nem cigarro. Me interessa a hipocrisia da autora em se dizer aberta a discussão quando claramente nunca está. Ela está somente aberta a defender seu ponto, não escutar outros lados, somente atacá-los.
    Acho que a tal autora é uma vergonha a pesquisadores. A ciência está condenada graças a hipócritas que dizem buscar algo, quando claramente buscam somente argumentos para fundamentar a sua própria opinião.

    PS: Este comentário não é baseado somente nesse texto, mas em todos os posts no twitter e em outros blogs escritos pela autora.

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  50. Como editor desta bodega, eu tento sempre manter uma posição de neutralidade nas polêmicas (embora as adore!) e raramente coloco minha cara aqui.

    Mas hoje foi impossível resistir.

    Em primeiro lugar, estranho muitíssimo ver tanta gente falando em "LEI"! É lei pra cá, lei pra lá, lei, lei, lei ... Sendo que o artigo da Lilian, em nenhum momento, sequer MENCIONA as tais leis anti-fumo, muito menos as contesta!

    O texto fala, com óbvia ironia, mas também com dados concretos, sobre DOGMATISMO - no caso, pegando o exemplo do tabaco para falar do fenômeno de a ciência estar, estranhamente, ocupando o lugar que um dia foi da RELIGIÃO - e usando, para isso, de artifícios idênticos.

    Espanta-me encontrar tantas respostas ... DOGMÁTICAS! É como se pessoas lessem apenas a frase inicial - "Eu fumo" - e, pronto! Não pode! Chamem a lei! Proíbam, punam, execrem, queimem!

    Em sendo assim, só posso concluir que o texto analisou o fenômeno de forma inacreditavelmente precisa - e que a foto da simpática boiada (que eu mesmo escolhi) é bem significativa...

    Mas o que me deixa atônito mesmo é a falta de cerimônia e de critério com que algumas pessoas utilizam-se da expressão "lugar público"! Como assim, "publico", caras-pálidas?? Pelo que sei, bares, boates, restaurantes são lugares PRIVADOS!

    Pertencem a pessoas que neles empregam recursos financeiros próprios, sem nenhuma ajuda do poder público (muito pelo contrário) e que deveriam, sim, poder escolher livremente a que tipo de pessoas querem atender.

    Na sociedade adulta que pretendemos ser, uma mísera placa na porta deveria bastar para resolver o assunto. Da mesma forma que um vegetariano não precisa ir a uma churrascaria, um não-fumante não precisaria ir a um bar onde fosse permitido fumar.

    Pelo mesmo princípio, alguém - como eu - que abomina música eletrônica (sim, me faz mal, muito mal), deveria exigir uma lei que proibisse que ela fosse executada em qualquer lugar? Não! Eu só não vou lá. Pronto. É simples!

    Pessoas que compactuam cegamente com intromissões do Estado em banalidades da vida cotidiana, pela simples razão de que uma ação pune algo que as "incomoda", não percebem, por puro EGOÍSMO, a que tipo de risco expõem a sociedade inteira!

    (Seriam essas pessoas favoráveis, por exemplo, às invasões de propriedades privadas por parte do MST, porque as razões deles são "nobres" e os fins são "sociais"?)

    Os donos do poder ADORAM saber que as massas são tão facilmente hipnotizadas e manipuladas. E essas pessoas, que sentem-se hoje os paladinos da justiça, só se darão conta do grave erro que cometem, no dia em que algo que lhes seja caro também for proibido.

    Não conheço sequer UM fumante que seja contra as RESTRIÇÕES ao fumo. Mas não falamos, no caso, sobre restrições: falamos sobre totalitarismo!

    Quem compactua com isso, deve urgentemente rever seus conceitos sobre, entre outras coisas, o que é DEMOCRACIA. A praga do COLETIVISMO, contapondo-se às LIBERDADES INDIVIDUAIS, é apenas a face mais gentil de todos os regimes totalitários da história.

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  51. Não há confusão entre lugares públicos e privados. É possível se fumar em lugares privados fechados como tabacarias, por exemplo.

    Mas não haveria como fazer a lei abrir esse precedente para todos os lugares pelos seguintes motivos práticos: não haveria fiscalização que bastasse e não haveria mudança alguma.

    Todo estabelecimento seria simplesmente convertido em um estabelecimento em que seria permitido fumar, como já o era antes da lei.

    E seria bastante lógico que continuassem sendo, já que impedir fumantes de fumar por lá seria, para o dono do estabelecimento, arriscar dispensar clientela.

    Seria mais uma lei que não promoveria mudança alguma.

    O que não entendo é a indignação dos que se dizem fumantes educados. Para eles nada iria mudar. Eles já não fumavam em lugares fechados. Eles já respeitavam os narizes dos não fumantes. Então qual o problema?

    Por que falar em lei?

    Ah... Porque a ciência criticada no texto é na qual se baseia a lei. Mas falemos da ciência:

    Do mesmo jeito que não é interesse da senhora Buzetto acreditar na ciência que diz que a fumaça e o consumo do cigarro causam males que encurtam a vida em muitos anos. Que provocam uma morte mais rápida a ela própria e a quem esteja perto, aspirando junto a fumaça. Não é meu direito acreditar?

    Então ela não se convence com a propaganda anti-tabagista do governo. Acha exagero. Acha que pode não ser bem assim. Ótimo. Viva a democracia, ou melhor, a maiúscula DEMOCRACIA!!!

    Mas aí... Eu concordo com a ciência que diz que faz mal... Eu acho que encurta a vida. Tem um pouquinho desta democracia pra mim?

    Eu quero achar que a fumaça me prejudica muito. Quero acreditar. E como quero viver, portanto, mais, preciso viver livre dela. E só dela. Só acredito que a fumaça do cigarro seja ruim, mais nenhuma! Como faço para não precisar respirar essa fumaça? Porque fumar eu já não fumo...

    Será que sobra alguma LIBERDADE INDIVIDUAL pro pobre Feio? Já sou feio, tenho que ser privado dela?

    Porque para mim, liberdade mesmo e viver sem vícios... Pelo menos sem os dos outros...

    Não vejo como uma lei que só afeta os fumantes mal-educados pode ser tão criticada por quem diz ser fumante educado. Seria uma espécie de corporativismo tabagista?

    E existe uma comparação infundada aí: A maioria das pessoas na sociedade brasileira não gosta da fumaça do cigarro e prefere acreditar na vertente científica que diz que ela faz mal. Muito diferente de gostos individuais, como não suportar de música eletrônica, que nem toca em tantos lugares assim.

    Não seria DEMOCRÁTICO atender à vontade da maioria da sociedade? Não é para isso que existem leis?

    E onde está na Constituição o direito de fumar? Não há. Existe o princípio de que o ser humano é livre para fazer tudo àquilo que não é proibido. Mas não existe o direito de fumar! Ao contrário, existe o direito à vida. Se existe algo que a coloca em risco, e a ciência diz que sim, e eu posso optar por acreditar, do mesmo modo que há quem opte por duvidar, isso não deve ser respeitado?

    Mas como é defendido nesta mesma Constituição democrática o direito à igualdade, então o direito de não acreditar na ciência não pode se sobrepor ao meu direito de acreditar, não é?

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  52. Então não me considero massa de manobra por não querer a fumaça do seu cigarro. Ela, na verdade me incomoda. Mas sob o ponto de vista de massa de manobra, não seria este conceito mais aplicado aos fumantes? Massa de manobra da indústria do cigarro. Que por anos e anos vendeu a idéia de que fumar é algo que dá status, estilo e símbolo de maturidade. Não foi por isso que muitos fumantes começaram a fumar? Por serem massas de manobra? Há quem tenha dado a primeira tragada e se viciado instantaneamente ou achado delicioso desde o começo? Não. O fumante teve que se forçar a isso, acostumar-se. Mas por quê? Porque assim ele seria como o cowboy do cinema ou como a donzela sedutora. Foi portanto ele a massa de manobra, não eu...

    As massas de manobra são aquelas que compraram a idéia vendida pela indústria do tabaco, se viciaram e agora querem que isso seja um direito. E como todo viciado, esquecem do direito do vizinho, pois só o seu direito importa.

    E ponto final.

    É, também não resisto ao debate...

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  53. Sempre q vejo esse tipo de discussão fico perplexo com uma coisa. Se segundo os anti-tabagistas essas leis antifumo são aprovadas pela maioria esmagadora da população, q mal há em permitir q existam bares para fumantes ? Pq se o q eles falam é verdade,pelas leis naturais de mercado esses lugares,primeiro seriam pouquíssimos, segundo, viveriam vazios pq todo mundo ia preferir ir nos bares de não -fumantes!
    pq tem q ser TUDO pra um e nada pro outro? Eu sou a favor da liberdade de cada um ir onde quiser e fazer o q gosta sem incomodar quem não gosta, não é mais simples assim?

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  54. Sr. Feio...

    Virei seu fã!!!!

    Se fosse vocês o contraria para virar mais um cronista. SUCESSO GARANTIDO!!!

    rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs...............

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  55. Feio. Se me deixarem comer bolinho de bacalhau e tomar cerveja eu tabacarias, eu fico nelas e não incomodo/reclamo nunca mais da lei, fechou?

    Mas a ANVISA não permite o consumo de dessas coisas na tabacaria.

    Juro que minha intençào não é atrapalhar. Nem invadir o espaço ou o direito de quem não quer a fumaça. Você tem todo direito de não querer - e como disse, concordo que - antes da lei - o não fumante estava sem opção...

    E claro que você tem todo direito de acreditar que o fumo passivo mata - e ficar longe dos fumantes. Defendo isso também. Não acho legal a idéia de fumarmos em tudo quanto é canto, só brigo num cantinho para nós - como tabacarias - onde possamos fazer reuniões sociais com comida e bebida.

    Quanto a ser massa de manobra, eu sei que o cigarro me faz mal, vicia e sei que a indústria tabagista nao me ama e não quer o meu bem. Capitalismo. Ela quer meu dinheiro. Só não acho que só a fábrica de cigarro é má e as outras são boazinhas. Isso para mim, não cola.

    E Sr. Feio. Estou simplesmente adorando o debate com você [Sem demagogia - também não resisto um debate com quem, como você, tem argumentos. Concordemos os não]

    A autora

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  56. E quanto a ciência, alguns dados. No site do INCA na página de fumo passivo há quatro ou cinco referências - apenas um estudo direto de Richard Doll. Richard Doll foi um pesquisador especialista em cancer, principalmente pulmào. Tal qual não foi minha surpresa ao descobrir que o único estudo na página com várias afirmações sobre fumo passivo no INCA - foi feito por um pesquisador que NUNCA estudou/publicou nada sobre fumo passivo. Só ativo.

    Quanto a OMS - ela se baseia num estudo gigantesco multicêntrico feito por Bofetta et al, 1998. Procure o artigo e vá as conclusões. O autor não encontra nenhuma relação significativa entre fumo passivo e risco para a saude de não fumantes. Mas eles concluem que: deve fazer mal, porque são tantas substâncias tóxicas [pode consultar se quiser]. Ou seja, o autor diz: fiz um estudo imenso, por longos anos e não provei nada da minha hipótese, mas ela deve estar certa. E isso é usado como base para concluir que o fumo passivo é a 3a. causa de morte evitável no mundo. Como?

    [E não discuto, porque não sou tapada, os maleficios do cigarro aos fumantes - não recomendo que ninguém comece e sei que vicia e é quase impossível lagar - não é uma opção pessoal, não mais].

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  57. E mais um trocinho porque eu não consigo, adoro um debate [prefiro isso a textos onde todos concordam].

    E, Anônimo, eu não largo meus argumentos e não acho que o Feio e você largarão as suas convicções. Todos nós refletimos bastante sobre nossos pontos para mudarmos o pensamento por um texto ou conversa.

    Ninguém aqui vai acreditar no outro só porque o outro fala [e admiro isso em vocês que vem aqui e discordam abertamente].

    Vamos - os dois lados - questionar. E em todo debate, sobre qualquer assunto aliás - talvez eu, talvez o Feio, talvez você carreguemos um pouquinho do outro lado. Mas isso é saudável - pelo menos eu acho que é. Já pensou que chatice o mundo se todo mundo pensasse igual?

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  58. Ei moça bonita! Mais um tema real! Mas ainda bato na tecla que cada um sabe da sua vida e das consequancias da mesma. O importante é se sentir bem. O resto é resto. Adoro você e adoro te ler.
    Beijo grande.
    Renata

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  59. Feio disse:
    “Não seria DEMOCRÁTICO atender à vontade da maioria da sociedade? Não é para isso que existem leis?
    E onde está na Constituição o direito de fumar? Não há. Existe o princípio de que o ser humano é livre para fazer tudo àquilo que não é proibido. Mas não existe o direito de fumar! Ao contrário, existe o direito à vida.”

    Não é bem assim...
    As minorias não podem ser esmagadas pra fazer prevalecer a vontade da maioria.
    Não se pode criar uma lei proibindo negros de freqüentarem locais em que a maioria dos freqüentadores é branca. Democracia não é um simples “sou mais forte, me obedeça”. Isso é ditadura.

    A Constituição é uma lei de preceitos, não foi feita pra conter essas minúcias. Pra isso existe a legislação infraconstitucional.

    Assim como não tem na Constituição o direito de fumar, não tem o direito de beber e não tem o direito de trepar. Você vai deixar de beber e de trepar por causa dissso?
    Eu poderia argumentar que o “direito à vida” é incompatível com a atividade sexual, pois você pode morrer de AIDS. Você deixaria de fazer sexo por causa disso?

    Proibir é a forma mais barata de se fazer política, porque basta uma canetada. Político com uma caneta na mão é um perigo. Eu fico preocupado ao ver tanta gente defendendo e estimulando políticas proibitivas. Mas isso é assunto pra outro debate.

    Ô feio, depois me diz a marca do seu carro elétrico. Fiquei muito interessado. Passa o seu twitter aí.

    Abs.

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  60. Senhora Buzetto, sim, não saio de nenhum debate igual como entrei, compreendo sim "o problema" que agora enfrentam os fumantes. Terão de ficar sem fumar algumas horas do dia que estiverem em ambientes públicos fechados e/ou privados, que sejam abertos ao público não-fumante.

    Mas veja que a lei abre precedentes para a criação de locais que sejam dedicados ao público fumante.

    Existe a possibilidade, como é do capitalismo, de se criarem bares, restaurantes, salas de cinema e teatros (quem sabe até hospitais e clínicas particulares) só para atender o público que não consegue ficar um segundo sem acender o cigarro. Com tanto que estes mesmos estabelecimentos não atendam ou possuam áreas exclusivas para o atendimento dos não-fumantes.

    O que acontece é que não há interesse, pelo que percebo, de investidores em construir ou montar tais estabelecimentos. Isso porque hoje, infelizmente, o número de fumantes seria insignificante para sustentar um local assim em qualquer ponto das grandes cidades. Ou seja, é uma mera questão econômica.

    Não há, e falo com conhecimento de causa, irredutibilidade com relação a leis que arbitram sobre a iniciativa privada. Sempre se tem exceções. Podem verificar. O que pode acontecer é que essas exceções, na proteção do interesse social, tornem-se rígidas e específicas ao ponto de não ser do interesse privado optar por investir nelas. Em resumo: não é impossível apenas inviável.

    Realmente é lamentável que isso aconteça, mas lamentável para quem? Porque nunca vi um fumante educado solicitar ao mal-educado que apagasse o cigarro em benefício dos não-fumantes. Isso nunca foi prática comum.

    Se hoje existem leis tão rígidas e drásticas como lei anti-fumo e lei seca é porque por muito tempo houve uma total subversão de direitos do próximo. E, os prejudicados de hoje, aqueles que reclamam do rigor da lei que agora os regula, por anos e anos, por uma vida inteira, fizeram aquilo que quiseram e prejudicaram sem peso na consciência quem bem quiseram. Nunca reclamaram da ausência de lei, nunca respeitaram o próximo. Mas agora, que o sapato aperta em seu pé, esperneiam. É hora do ônus. E note, a lei só prejudica o fumante mal-educado.

    É um duelo de forças, um jogo de interesses, e não há mesmo nenhuma procura por parte dos não-fumantes pelo bom senso, que inclusive nunca foi objeto de preocupação dos fumantes quando o sapato apertado não era o deles. Pelo menos não em um primeiro momento. O que acham de experimentar aquilo que nós, não-fumantes, tivemos de engolir a vida toda? Não está sendo divertido? Para nós, está...

    Quem sabe daqui uns anos, talvez uns 50, que foi o tempo que vocês assopraram fumaça na nossa cara sem qualquer cerimônia, sem qualquer preocupação com nossos direitos, sem qualquer lei limitando o espaço de vocês, isso não se reverta? Ou afrouxe?

    As leis são, na democracia, o método para se estabelecer a ditadura da maioria. Sempre haverá o prejudicado e o que prejudica dos dois lados de uma lei. Basta saber qual o lado da maioria para saber a quem a lei beneficiará.

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  61. Mas ainda repito, não ligo para estudos científicos e nem para o prejuízo da fumaça. Se ela causa mal, se mata, se não mata é o que menos me importa. O que eu não quero é sentir o cheiro.

    E sinceramente: O homem já foi a Lua, manda robôs para Marte, mapeou o DNA, consegue clonar animais... A indústria do cigarro fatura bilhões por ano. Tenho um mp3 de 10 cm que tem capacidade de rodar vídeo, guardar arquivos, manter nele 80 mil músicas!!! Temos gênios trabalhando nas coisas mais importantes e nas coisas mais idiotas, claro, tudo mantido por interesses econômicos. Steve Jobs, Steve Wozniak, Steve Ballmer, todos grandes inovadores do nosso tempo, todos criativos.

    Não daria pra inventar um cigarrinho de 10 cm que não soltasse fumaça? Porque no meu mp3 cabem 80 MIL musiquinhas. 80 MIL!

    Tenho certeza que bastaria a indústria do cigarro contratar a um de nossos Steves que esse problema seria resolvido.

    O que não dá mais é pro meu nariz... Demos uma pequena trégua para ele, e nem precisa ser por 50 anos, nem acho que os fumantes vivam até lá.

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  62. Fred, digo sim, mas mande também a marca do seu cigarro elétrico para o povo que fuma, porque como o assunto aqui é cigarro, provavelmente ele resolveria essa questão aqui.

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  64. - O senhor é viciado em sexo?

    - Sim, me viciei por influência de filmes na TV que exploravam a sexualidade, tem muita pornografia por todo lado, sou vítima do sistema, sabe?

    - Entendo, mas o que o senhor questiona? A lei do atentado ao pudor?

    - Pois é, estudos comprovam que quem faz sexo vive mais. Além disso, sempre uso proteção, sabe? Sou viciado, mas defensor do sexo seguro.

    - Mas onde o senhor gostaria de fazer sexo?

    - Em bares, em cinemas - bem, no cinema eu até já faço, o escurinho é tão bom... - em lugares abertos ao público.

    - Mas não daria pra esperar chegar em casa?

    - Ah não, adoro sexo, não consigo ficar um minuto sem. Aliás, você se importaria se eu me masturbasse enquanto continuamos a entrevista?

    - Hmm, prefiro que não...

    - Tá certo, detesto mesmo essa lei.

    - Mas o senhor não acha que o seu vício afronta as pessoas?

    - Acho, mas tanta coisa me afronta. Por exemplo, música eletrônica, funk, perfume de canela, criança mascando chiclete... Nem por isso existem leis que proíbam as pessoas de fazerem isso, ouvirem aquilo...

    - Mas fazer sexo no meio do bar?! Como todo mundo em volta? Na praça de alimentação de um shopping? Não considera exagero?

    - Acho que entendo, mas o homem sempre fez sexo, e até por isso chegamos até aqui. Como querer regrar uma coisa tão gostosa e tão natural?

    - Olha, o senhor está mesmo quase me convencendo... rs

    - Pois é, eu não acredito em doenças sexualmente transmissíveis, estas tais DST, e não acho que o sexo influencie negativamente ninguém. Acho que as pessoas exageram no preconceito e que todos deveriam ter direito de transar em quaisquer lugares, na frente de quem fosse. Quem não gostasse bastaria lembrar que eu também não gosto de perfumes de canela, mas mesmo assim os suporto.

    Bem, encerramos aqui a entrevista com o maníaco do parque. Agora que ele já pagou sua dívida com a sociedade, e está apenas pleiteando o direito de fazer sexo com sua boneca inflável onde quer que seja.

    ¬¬

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  66. Fred, deixe-me ajudá-lo na sua dificuldade...

    http://tinyurl.com/29nm6qe

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  67. Amigo prolixo,

    Pra que procurar no Google se eu tenho o Senhor Feio (olha como eu também sou educado) bem aqui pra me indicar um bom carro elétrico?

    Acho que você está se perdendo na prolixidade dos seus comentários. Fica despejando o que você acha e não interage com os argumentos alheios. Agora partiu para o humor escrachado, o que eu acho excelente. Ninguém agüenta ler comentários enormes que não possuam pelo menos uma piadinha no meio, né?

    Se você tem um argumento forte, não precisa escrever dezenas de parágrafos para demonstrá-lo. Exatidão e simplicidade caminham juntas. E não acho que a caixa de comentários de um blog seja ambiente para verborragia.
    Quer debater, eu debato. Quer exercitar a sua retórica, fique à vontade.
    Quando eu encontrar UM argumento que valha a pena ser rebatido, me manifesto.
    Enquanto você estiver falando do seu carro elétrico e do seu vício em sexo, a única coisa que eu posso fazer é sorrir.

    ps.: Se você conseguir responder isso em um parágrafo, eu te compro outro carro elétrico.

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  68. Senhor Fred,

    "Se você tem um argumento forte, não precisa escrever dezenas de parágrafos para demonstrá-lo."

    Já quando não temos, não adianta nem ser sintético.

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  69. Sendo sintético, ao menos eu não tomo o tempo dos amigos que estão lendo.
    Já que é pra escrever besteira, escrevo de uma vez, sem rodeios. :)

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  70. Senhor Fred, se o senhor é feliz assim, ótimo, eu sou do outro jeito. Viva a diferença! E se não quiser me ler, é só pular meus comentários. A liberdade é mesmo uma delícia. ;)

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  71. "A liberdade é mesmo uma delícia"

    Belíssima frase. Resume tudo o que eu escrevi até agora. Achei ótimo que ela tenha partido de você. Isso é uma evolução.

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  72. Viu como é ótimo me ler? Sou irresistível. E no fim o prolixo resume tudo que o sintético escreve. Que coisa contraditória. Mas chamar de liberdade impor a fumaça já era mesmo uma contradição, né? Enfim....

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  73. O debate é irresistível. Sou viciado, confesso.

    E, bem ou mal, a vida é uma contradição. :)

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  74. Em tempo:

    Detesto injustiças e só agora percebo meus equívocos. Estou devendo pelo menos nove letras Z a senhora Buzzetto, pois venho escrevendo o sobrenome dela com apenas um Z.

    Aí vão: ZZZZZZZZZ

    Agora, além de linda, ela terá todos os Z's que merece e faz jus.

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  75. E indico a todos o filme "Obrigado Por Fumar" em que o protagonista da história faz um papel tão bom no cinema quanto o papel da senhora Buzzetto em seu blog.

    Despeço-me de todos e da senhora Buzzetto dizendo que adorei o seu texto e a oportunidade do debate. Seguirei acompanhando suas postagens e o blog.

    Um abraço a todos e desculpem-me aqueles que se sentiram ofendidos por mim ou por algo que escrevi. Desculpem-me por ser prolixo também. Como disse, não saio de mãos vazias de um debate, tentarei mudar meu jeito nada sintético de ser. Já sou feio, não quero acumular mais esse defeito.

    :)

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  76. E senhor Fred,

    PS:
    "Ninguém agüenta ler comentários enormes que não possuam pelo menos uma piadinha no meio, né?"

    Era exatamente por essa razão que entre meus comentários enormes tinham os seus no meio... ;)

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  77. Ah Feio que feio....
    Sou fumante, sou da área da saúde, funcionário público de um Centro de Saúde, pesquisador na área de saúde pública e para a pequena população imersa neste mundo da pesquisa fica nítido que a autora está totalmente embasada no que fala, digo cientificamente.
    Atuo com programa anti-tabagismo e tenho respaldo para falar que nada adianta esse "blá, blá, blá" sobre os malefícios do cigarro. NADA. Assim como fumar é uma escolha individual, PARAR DE FUMAR TAMBÉM É!
    Acho uma grande chatice e até uma "mesmice" as pessoas serem repetitivas nas críticas aos fumantes. Deixem- os fumar em paz!
    E Feio por favor, qual tua base pra falar toda essa patifaria?
    Lilian, por favorcontinue escrevendo assim, PERFEITO!

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  78. hahahahahhaha

    Mas é um incansável mesmo.

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  79. Senhor Anônimo, já expliquei tudinho detalhadamente, já fui até prolixo.

    Mais fácil que eu repetir tudo é você ler o que eu escrevi.

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  80. Teve uma hora, em meio à leitura dos posts, que me pareceu que eu estava num carrossel ...

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  81. E que porra é essa de ficar imitando o meu avatar?
    Tem gente precisando tomar uns remedinhos por aqui.

    eu hein

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  82. Perdeu a linha à toa.

    Esse meu avatar é o mesmo no orkut desde 2006...

    http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=17844412749327829899

    Quando loguei da última vez, o fiz pelo PC e não pelo celular, o Google pediu para atualizar o perfil...

    O da Lê, aqui em cima é bem parecido... Estamos todos te perseguindo... buuuu

    Tem gente que se acha o centro do universo... hahahahahahaha

    Já falei antes: se situa!

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  83. Mudei! ahshasuasu

    Cara, sempre tive preguiça de mudar esse meu avatar aqui... Pelo menos esse debate serviu pra alguma coisa.

    Faz algum tempo que mudei o avatar do Twitter, mas tinha esquecido do blogspot. Mudei lá pra não ficar igual ao do Fredxxxx!

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  84. Olha só. Em conversa com o Deputado Caíto Quintana, aquele citado em meu blog que vc leu, ele diz assim sobre ser contra a lei anti fumo:
    O cortador de cana é intoxicado pela queima da mesma durante o dia inteiro. Após este trabalho violento vai pro boteco e não pode fumar porque faz mal pra saude. Dispensa comentários.

    Quem quiser acessar meu blog: http://coisasdecasados.blogspot.com/
    (não falo de política ,nem de casamento...porque estamos casados com tudo nesta vida)

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  85. Sem comentários para o seu orkut, fake.

    Vai lá, talvez alguém possa te ajudar:
    http://www.clinicaveracruz.com.br/

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  86. O policial atirou no bandido e o matou.

    Chegou em casa e achou a mulher o traindo. Teve vontade de matar o Ricardão, mas não o fez. Pq?

    No segundo caso, a lei não o permitiu.

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  87. Eu, que não fumo, defendo o direito de quem quer fumar, mas também defendo o direito de quem não quer sentir o cheiro da fumaça do cigarro.
    Assim, se o fumante se preocupar em ser somente ele o alvo de sua fumaça, e também não jogar a bituca no chão, tudo bem !

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  88. A Lílian Buzzetto parece um furacão, por onde ela passa, tem uma confusão.

    Uia! Fiz um versinho, vou fumar pra comemorar.


    Beijos, seus feio!

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  89. Coitado do senhor Fred, se perdeu...

    Deve estar chateado porque viu que perdeu um debate para um louco como eu. Ou achou que eu não era fake, e que meu nome era Feio. hahahaha

    Lamentável quando em um debate se comete Argumentum ad hominem...

    (qualquer dúvida, senhor Fred, use o Google, lembra como se faz?? rsrsrs)

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  90. Perdi? Não sabia que isso era uma disputa.
    E não precisa gastar o seu latim comigo. Guarde para usar em um debate com gente inteligente, que nem você.

    Eu sou burro, mas sei de uma coisa: esse seu tom grandiloquente não serve pra nada se não vier acompanhado de argumentos sólidos. É o truque mais velho do mundo.

    Mas fique feliz, você ganhou o debate. :)

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  91. Eu não ganhei o debate do senhor, nem precisei, o senhor que se perdeu nele sozinho...

    Eu ganhei o debate, e o dia, quando a autora disse isso:

    "E Sr. Feio. Estou simplesmente adorando o debate com você [Sem demagogia - também não resisto um debate com quem, como você, tem argumentos. Concordemos os não]"

    Até porque foi para comentar minhas considerações para ela que eu entrei, e não para comentar nada com o senhor.

    Vê-lo se perder com falácias, como a de atacar minha sanidade, foi só o brinde hilariante do dia.

    É como você bem disse, seus comentários são necessários, ler apenas comentários sérios seria muito tedioso. É muito bom ter os seus salpicados por aqui.

    Abraços.

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  92. Úrsula,

    Foi pra mim??? (quero dizer, só pra mim?) rs

    Se foi: (S2) Beijos!

    Se não foi: (:$)... beijos...

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  93. ERRATA:

    Quando eu disse que eu ganhei o debate e o dia quando a autora, em um gesto de simpatia, se dirigiu a mim eu me expressei mal.

    Não ganhei o debate, somente o dia...

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  94. Ah, então era isso. Agora entendi. Eu aqui espremendo os meus dois neurônios pra manter uma conversa com o gênio da dialética, e você aí só tentando arrumar uma namorada.

    Longe de mim querer atrapalhar o seu relacionamento com a autora. Ai de mim! O amor foi, é e sempre será LINDO.

    Feio, você é um fofo.

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  95. HAHAHAHAHAHAHAHAHA

    Senhor Fred se supera...

    (Mas jura que o senhor estava usando todos os dois neurônios??? Eu jurava que usava apenas um e que o dividia entre outras tarefas...)

    Olha isso! O senhor também é um fofo! Obrigado pela consideração de usar 100% do cérebro comigo. Estou honrado...

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  96. Não agradeça. Você merece.

    (e pode me chamar de você, acho que já somos íntimos, né?)

    beijo no coração.

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  97. Em tempo: respeito é bom e todos gostamos, o espaço aqui é para comentar o texto da autora e debater sobre o assunto. Não para alfinetadas e discussões de ego (que inclusive para mim, como fake, não há sentido lógico em possuir).

    E não quero fazer parte de nenhum desrespeito a autora. Nem a quem comenta. Brincadeiras a parte não estamos aqui para "bater boca". Mas para falar sobre o tema.

    Agora vou mesmo, juro que vou... rs

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  98. "FUMAR MATA"!!!
    Ah tá!! então vamos lá... ( prometo me comportar nas linhas abaixo, pelo menos vou tentar)

    Para os falsos moralistas fumar não é politicamente correto, para a Igreja é pecado, para a OMS é cavar a própria sepultura.. muito bem então..

    Caros leitores, vocês já pararam pra pensar, porque gastam-se trilhões com propagandas pregando "Fumar mata"? Que tal heim Governo, pegar essa grana toda, e investir em leitos hospitalares para tratar de tantas outras doenças que não estão relacionados ao Fumo...

    Enquanto "pregam e esbravejam" sobre o fumo, tem gente morrendo a todo momento nas macas do pronto Socorro, a espera de uma vaga em uma UTI pública.. Ah!!! mas isso não dá pra ficar anunciando por aí na mídia não é mesmo? pegaria mal...A grande verdade é que vivemos numa sociedade hipócrita...

    Concordo, que fumar até pode matar (mas, não necessariamente), porém morre-se todos os dias ao atravessar a rua na faixa de pedestres, morre-se na fila do SUS por uma consulta, morre-se nas mãos de profissionais incompetentes que tratam as pessoas como um número...ficaria aqui listando tantas outras..

    Já são tantas paranóias que tentam colocar na nossa cabeça que daqui a pouco, vai sair uma campanha dizendo: pare de "trepar".. Trepar faz mal, e vão listar pelo menos uns 20 males...

    apaputaquepariu...Fumo, e vou continuar fumando, e pros desavisados, os incomodados que se mudem, já tenho problemas demais pra resolver. Para isso criaram o livre arbítrio e quero continuar tendo esse direito de fazer minhas escolhas...

    NOTA MENTAL: lembrar de comprar mais cigarros, pois o estoque tá acabando....hehehehehe

    Lilian, Parabéns pelo texto, como sempre polêmico, intrigante e acima de tudo inteligente..

    Twitter @arleidebraga

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  99. É, eu fumo a quinze anos, e? Toda baboseira que vocês falam sobre anti-tabagismo vocês acham que estou ouvindo pela primeira vez, mas ja estou cansado de ouvir, pessoas mostrando ter uma razão que não seja baseada em empirismo. Eu sim tenho motivos para parar de fumar, sei que causa muitos males e mesmo assim não irei parar de fumar. Vocês entenderam?

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  100. E tudo isso comecou com a caca as bruxas...
    Sera que ninguem se importava com a quantidade de gas carbonico que era lancada no ar quando queimavam os hereges? Ai, piorava tanto o efeito estufa!
    Pelo jeito, os neuronios queimando neste debate acirrado por aqui tambem deve estar gerando uma quantidade razoavel do novo diabo do seculo XX! Sem contar os cigarros fumados enquanto as pessoas vao lendo, eh claro ;)
    PS: desculpem-me a falta de acentos, moro no exterior e digito em um computador de acordo.

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  101. Jacqueline

    Saudade dos textos inteligentes da Lilian (...) e de discussões realmente pertinentes.
    Mas liberdade é isso, né?

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  102. Simples assim: se vc fuma e sente-se culpado por estar fumando, seu subconsciente diz: É pra já! E manda seu corpitcho ficar doente. Se vc fuma feliz e alegre, te faz sentir bem, tranquilo e relaxado, voilá! Vc não fica doente! Enfim, é o que penso, e tb sou fumante.
    E vou contar pra vcs um "causo" que ocorreu com a minha pessoa kkk alguns meses atrás. Estava eu parada no sinal de transito, esperando para atravessar a pista assim q o sinal fechasse. Daí um senhor de uns 60 anos, parou ao meu lado e quando notou que eu estava fumando, já foi logo disparando "Uma jovem tão linda fumando assim, vc está se matando minha querida, fumar faz mal a saúde, causa cancer e mata ... e blablabla". Eu apenas sorri gentilmente pra ele, e em questão de 1 minuto esse senhor resolveu atravessar a pista com o sinal ainda aberto para os carros e não deu outra! Quase, por pouco ele não foi atropelado ali mesmo! Mas eu não resisti e tive que falar "Esqueceram de avisar para o senhor que carro tb mata" hahahaha Como diz minha mãe sempre "pra morrer, basta estar vivo" . #sabedoria

    @LillithHel

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  103. As discussões descambaram para um duelo de testosterona, típico do sexo masculino... Antes do ping pong com o tal de Fred, Feio argumentou brilhantemente a respeito do tema e concordo plenamente com ele.
    Em tempo: restaurantes, bares, cinemas, parques, são sim, lugares públicos. Ou por que vocês acham que há Procon, vigilância sanitária, CDC, etc? Se vc quer ter liberdade (e nem assim é total, pq vc tem vizinhos, na maioria dos casos) vc deve ficar em casa. e dentro do santo refúgio da sua casa, beber, fumar, transar, enfim, o que te der na telha.
    Feio tem razão ao dizer que liberdade é viver sem vícios. Verdade. Viciados são prisioneiros de seus vícios e normalmente não querem "cair no buraco" sozinhos.
    Quanto à casa da mãe Joana: só há necessidade de uma regulamentação por lei algo que se torna abusivo, ou exige limitação, ou que tolha direitos alheios, ou que pretenda impor um dever ao cidadão, entre outros. No caso do cigarro, a lei vem para tentar resolver o problema do desrespeito dos fumantes com relação aos não-fumantes. E o assunto ganhou maior relevância por ser, sim, uma "droga" lícita, mas viciante e incômoda. Daí a necessidade da lei. E não se pode comparar o cigarro ao funk, por exemplo. E como disseram aí, se vc não gosta de funk, vc não vai a um estabelecimento que só toca funk. Se vc fuma, não fume enquanto estiver num estabelecimento que proíba o cigarro. Vc não pode fumar no cinema. É exagero? Vc não aguenta ficar 2 horas sem fumar? Então me desculpe, alugue um DVD e assista em casa. Vc tbém não pode fumar num posto de gasolina. Ou vc acha que tem direito de colocar em risco a vida de outros só pra garantir o seu direito sagrado de fumar onde bem entender?
    E sim, a autora discutiu o tema à luz da ciência, mas, neste caso, não estamos como um bando de ovelhinhas perdidas seguindo a voz do pastor que tenta nos convencer de que o cigarro é maléfico. Meu avô morreu de câncer no pulmão. Porque era fumante. Quem sabe, se ele não fumasse talvez ainda estivesse por aqui? Ou não... O fato é que o cigarro é sim, prejudicial à saúde e a pessoa que fuma, tenho certeza, está, mais do que ninguém, bem ciente disso. É um risco que assume para si e ninguém tem nada mesmo a ver com isso.
    E mais: acho perigoso essa discussão "façamos então estabelecimentos para fumantes, para bebuns, para funkeiros, para gays, para homens, para mulheres... para negros?... índios?... muçulmanos?... casais com filhos, casais sem filhos? Peraí!!! Onde vamos parar assim? Retrocedemos? Chamamos de volta a Klu Klux Klan e desenterramos todo o tipo de segregação?
    Acho perigoso... não é por aí. Radicalizar não é a solução. Um pouco fica por conta das leis, o resto por conta do bom-senso, da tolerância e do respeito. Quem se incomoda com tudo, não pode viver em sociedade. Da mesma forma que quem não quer seguir regras, deve se recolher a uma ilha deserta e viver da maneira que bem entender.

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  104. Só pra constar, o texto não é científico. A autora pode até pertencer ao campo científico, mas isso não significa que todo o texto que ela produz sobre determinado assunto é propriamente científico.

    Pra começar, quando se analisa um objeto com olhares científicos, precisa-se de certo afastamento, distanciamento. É o máximo que o analista consegue fazer para conseguir o mínimo de imparcialidade sobre determinado assunto. Analisar algo cientificamente requer prova e contraprova; referências de todos os tipos; linguagem acadêmica; entre diversas outras coisas. Porém, como disse, talvez o mais importante na hora da análise é o distanciamento do objeto.

    No caso, aqui, o objeto é o cigarro. A autora não se distancia do seu objeto para tornar a análise que ela faz dele algo "científico". O que faz o texto tornar-se somente algo especulativo.

    Em outras palavras, é como se um político do PSDB publicasse uma pesquisa sobre o crescimento do país no governo do FHC. Você consideraria a análise dele científica (mesmo com dados, fontes, referências) ou partidária?

    É isso.

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  105. O tema central do texto é exatamente o direito e o dever que temos de contestar. Seria estranho se eu exigisse que todos concordassem comigo e ponto final.

    Adorei a polêmica, adorei o debate, adorei o fato de que pontos de vista conflitantes. Fiquei muito feliz. Obrigada.

    [Lê - esse texto não é científico - é um desabafo pessoal. Não tem a intenção de virar referência. rs]

    Até a próxima. Lílian Buzzetto.

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  106. Saudável hábito de morrer. Isso é inovação. Que a morte nos chegue como um beijo.
    Roubado.
    Apaixonado.
    Desejado.
    Temido.
    "Lascivo.
    Frio.
    Como vier, como faz o beija-flor.
    Nossa única certeza.
    Pois que se viva como se viver fosse atravessar os dois pontos como se faz numa ponte que leva de um lado a outro. E que seja eterna enquanto dure. É mortal posto que é chama."

    Copiei esse post que vi lá em cima pois achei emblemático...bonito morrer assim, mas o amigo já viu alguém morrer de câncer? Não é bonito assim, posso garantir...

    Sei que todos tem direito de fazer o que quiserem de suas vidas, mas acho injusto eu pagar um valor de plano de saúde, por exemplo, se a mensalidade fica mais cara por causa do alto índice de internações, cirurgias, materiais médicos e etc causadas pelo fumo, por exemplo.

    Sempre fui a favor da liberdade, seja qual for, mas acho que quem fuma, ou bebe muito, teria de pagar um extra ao seguro de saúde. Provavelmente serei apedrejado, mas é assim que penso. Eles ficam mais caros por causa dessas pessoas e a conta é dividida por todos...

    A proibição do fumo tem a ver somente com a tentativa do Estado de diminuir a incidência de tabagismo, seja ativo ou passivo, diminuindo seus custos com saúde pública.

    Isso deu certo com a obrigatoriedade do cinto de segurança, com a Lei Seca, com o fechamento de bares mais cedo em algumas cidades. Essas leis diminuiram a incidência de trauma cranio-encefálico, com acidentes de trânsito em geral e com a violência, respectivamente, nos locais onde foram bem aplicadas.

    O que a Lillian/Fiona (não sei se ela perdoa essa brincadeirinha...) quer em termos de "verdades mastigadas" é impossível, o grosso da população mal sabe falar nosso idioma, é demais querer que ela saiba algo como tratamento estatístico ou P<0,05...
    Temos que acreditar na maioria dos veículos de comunicação e institutos de pesquisa sérios, sempre com aquela dose de bom senso. Eles cairão com o tempo se manipularem dados, afinal temos que confiar um pouco que estamos numa democracia com liberdade de expressão, certo?

    Sempre digo no fim de uma opinião que ela somente é uma opinião, e não vai mudar o Mundo.
    Abraços

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  107. Atendendo pedidos, por termos legais, da autora, via twitter:

    Meu IP 187.105.73.240

    Mais importante que dizer meu nome, já que não sou conhecido e existem milhares de homônimos. IP é só um (não daria para colocar o CPF) e facilmente identificável. E tem a mesma credibilidade do nome.

    Nenhum problema em me identificar. A própria conta do Google já faz isso por meio do celular.

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  108. Pra mim é simples assim: o cigarro fede, um ambiente enfumaçado é desagradável por melhor que seja a companhia, e se não há provas de que faz mal, também não há nenhuma de que seja benéfico. E, além disso, não dá nem um "baratinho". Enfim, acho que é um mau hábito inútil. Mas cada um se aproxima da morte do jeito que achar melhor. Eu ainda prefiro a carne vermelha e o álcool. Fumaça por fumaça, fico com a do churrasco.

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  109. @milton_deus - Eu queria ler Crítica da razão pura (Kant)alguém leu ai!?

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  110. Ô, Hugo Pires, também acho que quem come carne vermelha demais tem que pagar um a mais no plano de saúde. Ah, e quem come açúcar demais também. E o que falar dos malucos que não fazem exercício e ficam em casa acumulando gordura? São uns irresponsáveis que não pensam nos outros.

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  111. Nesta eu vou concordar apenas parcialmente contigo. Eu posso te dizer que não fumo, nunca fumei e nunca voltarei a fumar. Na verdade já tive alguns períodos em que fumei, não tenho nada contra quem fuma exceto:
    -Se a pessoa me beijar ou falar muito perto de mim depois de fumar e beber(cigarro+álcool combinados deixam um cheiro que dá vontade de vomitar, dependendo da pessoa hehehe)
    -Se não for aquele fumante chato e inconveniente que me faz ficar cheirando a fumaça dele. Quando eu fumava sempre tinha este cuidado, é uma questão de respeito.

    Agora concordo contigo, estamos na época da "religião ciência". Se você não concordar com a teoria do big bang e com o evolucionismo, e não acreditar em estudos feitos com embasamento em fatos muito duvidosos ou parcializados, você é um "religioso" ou um "ignorante".

    Durante o curto período da faculdade que cursei, fiz um Projeto de Iniciação científica, além de já ter acompanhado centenas de TCCs de amigos e outros tipos de trabalho de seres próximos. Hoje tenho minha empresa, e conheço várias pessoas que também tem as suas, e todas elas fazem estudo e pesquisa de mercado para lançar um novo produto ou fazer algum tipo de inovação. De ambas as experiências, posso te tirar uma coisa: o ser humano acredita em algo por razões obscuras, e tudo o que ele coloca em uma pesquisa ou qualquer tipo de estudo são as justificativas que ele encontra para continuar acreditando naquilo e convencer os demais a acreditar junto.

    Então, que confiabilidade podemos ter na ciência se tudo é feito desta maneira? E não me venham com discursos hipócritas de que eu não posso generalizar ou que eu estou errado. É aquele velho ditado: "quem procura acha". E, a Lilian tirou uma casquinha da "lei do interesse universal do indivíduo", e rebateu os "'graaaandes' cientistas" com os dados que ela coletou e ofereceu para nós.

    O pessoal que defende o método bioenergético critica até hoje, com argumentos que penso serem mais do que convincentes, que a SIDA(ou AIDS para os estadunidenses) não é causada pelo HIV. São pesquisadores, cientistas tão sérios como os do ponto de vista "tradicional", que defendem uma "hipótese B". Agora a mídia adora ignorar as visões diferentes do tradicional. E, os laboratórios que produzem os caríssimos coquetéis para a AIDS também gostam muito.

    Só tem uma coisa: Eu sou contra o fumante que faz os demais fumarem junto a fumaça deles. E isso, se você fizer perto de mim num dia que eu tiver mal humorado, você leva umas bolachas hehehe. Afinal, o direito do indivíduo termina quando o do próximo começa.

    OBS: Estes remedinhos para parar de fumar ou para usar quando sentir vontade são todos feitos para viciar a pessoa tanto quanto o cigarro vicia.

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  112. Eu havia esquecido de um detalhe: será que a fumaça do cigarro causa mais problemas, incômodos e intoxicação do que a queima de combustíveis?

    Reflitam.

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  113. Ô Ânderson Luiz, que bom q vc entendeu o cerne da questão, nem precisei explicar 4 vezes...;P Brincadeirinha, amigo, amigo...

    Só pra lembrar, muito se falou em abrir estabelecimentos para fumantes, mas sindicatos, se não me engano dos garçons, já falavam na insalubridade destes lugares para os próprios garçons...
    Ora, é só colocar garçons fumantes, certo? Errado, o aumento da exposição a fumaça passiva criava o mesmo problema, ou seja, super exposição...

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  114. (Tentando não ser prolixo... Duvido que eu consiga...)

    Mas vejo que o debate aqui não pára, e que ganhou vida com novos e bons argumentos. E isso é ótimo.

    Inspira-me a abordar um ponto mais filosófico, e mais questionador, com relação ao texto da senhora Buzzetto.

    O que inspirou minhas ponderações, em primeiro lugar, foi que quando li o texto da senhora Buzzetto achei ele instigante. Achei lúcido, ponderado, coerente. Um texto que chama o leitor a pensar, a refletir. Mas não dizia nada além disto. Encerrava-se como "uma opinião". E eu achei que ele poderia ir além, dizer-nos a que veio. E nos comentários, felizmente, a autora o fez.

    Ela disse que entende o ponto de vista dos não-fumantes, mas que queria um cantinho para os fumantes, uma exceção, além de um comportamento que não fosse tão radical por parte dos não-fumantes, por parte da sociedade. Ela procurava equilíbrio e, de certa forma, aceitação. Ao menos aquela aceitação social: não gosto dos seus vícios, mas não vou te encher o saco à toa.

    E eu achei isso ótimo, porque um texto, para ser brilhante, não pode ter só valor filosófico, não pode só incitar o leitor a pensar. Ele clama por uma função social, dizer a que veio "na prática": seja incentivando a se construir um cantinho para os fumantes, seja abrindo exceção em uma lei, seja, quem sabe, mudando o comportamento social. E não só o óbvio: reflitam! Óbvio porque refletir é o que todo bom texto faz com o leitor. Fazer o leitor arregaçar as mangas e promover uma mudança real, só os textos brilhantes fazem. E quando ela completou sua análise aqui nesta sessão de comentários, o que já era bom se tornou brilhante.

    Continua... (eu sabia que não conseguiria...)

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  115. Mas peço que o leitor acompanhe com serenidade o raciocínio. E vamos a ele:

    A senhora Buzzetto questiona a ciência em seu texto, mostra que segui-la cegamente é tão idiota quanto repudiá-la cegamente. Que, da mesma forma que faz o gado, muitas vezes nos comportamos com relação ao que é produzido contra o cigarro. Como a religião obrigava aos seus fiéis na Idade Média: acreditem ou morram!

    Ou seja, deveríamos ficar atentos para não cairmos em falácias científicas!

    No que diz respeito aos males que a fumaça do cigarro provoca aos fumantes passivos, corremos o risco de cair em uma dessas falácias, é verdade, ela é conhecida como Aposta de Pascal.

    Blaise Pascal criou essa estrutura lógica falaciosa em seu livro Penseés, como uma maneira de justifica a crença em Deus. Mas vamos ver como ela funciona para acreditarmos que a fumaça do cigarro faz mal:

    - Se você acredita que a fumaça do cigarro faz mal, por isso a evita, se estiver certo, será beneficiado com a saúde que terá por não respirá-la.

    - Se você acredita que a fumaça do cigarro faz mal, por isso a evita, se estiver errado, não terá perdido nada.

    Entretanto...

    - Se você NÃO acredita que a fumaça do cigarro faz mal, por isso NÃO a evita, se estiver certo, não terá perdido nada.

    - Se você NÃO acredita que a fumaça do cigarro faz mal, por isso NÃO a evita, se estiver errado, morrerá de câncer.

    Ou seja, se você acredita as conseqüências serão ou o seu benefício ou nada a perder.

    Já se não acredita, as conseqüências serão ou nenhum benefício ou uma morte horrorosa.

    É uma falácia, portanto, que induz o gado a repudiar a fumaça dos fumantes já que, fazendo isso, ele, no mínimo, nada perde e, no máximo, se beneficia. Em resumo: quem acredita na ciência, mesmo sem prova alguma, está sempre na vantagem.

    Mas alto lá!

    Isso é uma mentira! Uma falácia! Não devemos acreditar que a fumaça faz mal, faz bem ou não faz nada por ciências inconclusivas. Não é verdade que não acreditar trará apenas malefícios ou nenhum benefício. E não é verdade que acreditar só trará benefícios ou não se perderá nada.

    Por isso o convite a pensar.

    Mas pensando chega-se a uma curiosa conclusão:

    Não adianta ficar discutindo se a ciência está certa ou errada em afirmar que a fumaça faça mal como uma verdade. Porque a verdade, ainda que não saibamos qual é, é uma só e imutável. Ou a fumaça faz mal, ou não faz nada ou faz bem são as possibilidades, mas somente uma é a correta, independente de quanta energia gastemos debatendo se devemos ou não acreditar em alguma delas.

    Se a fumaça faz mal ou não só descobriremos pesquisando e estudando a fumaça, não debatendo se devemos acreditar ou não.

    Não é correto dizer: "Eu não sou gado, não acredito na ciência que diz que a fumaça faz mal porque a comprovação não é conclusiva. Portanto, vou adotar a minha opinião se ela faz mal ou não baseado nas minhas convicções pessoais e não na ciência."

    Não! Isso não é lógico! Nem racional!

    O lógico é buscar a verdade. E não adotar qualquer postura que seja enquanto a verdade não vem. Baseando a escolha da postura diante da fumaça em um sorteio ético ou moral, que não fará com que, verdadeiramente, a fumaça seja boa, neutra ou ruim ao nosso organismo.

    Dizer que a ciência “não concluiu nada sobre” não dá o direito de então achar o que quiser.

    Devemos sim, pesquisar, continuar a busca pela verdade, debater o comportamento humano, claro, mas com consciência e responsabilidade.

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  116. Feio!!! Apoiado!!!
    Virei tua fã! hahahahahaha... desde o teu primeiro post, na verdade! vc tem um blog, algum perfil no twitter ou algo que o valha? gostaria muito de continuar compartilhando das tuas idéias!
    e as meninas do Mulherices que me perdoem por usar este espaço para tentar um contato imediato de terceiro grau com o Sr. Feio!
    rsss....
    Adorei todo esse debate. Espero participar de muitos outros!
    Beijos, meninas!

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  117. vivemos a maldita ditadura dos ofendidos.

    gente cujo esporte é encher o saco de quem fuma, de quem come carne, de quem chama negro de negro e etc. para essa gente, toda fumaça destroi o universo, todo sorriso é ironico e toda alegria deve ser proibida em vista de nao entristecer mais ainda que nao é alegre.

    as vezes tenho raiva de viver nesse mundo, mas para economizar meu estomago, ignoro.

    abraço. sempre bom vir aqui

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  118. cigarro mata cigarro não mata quem fuma eh fidido feio e bobo eu fumo se eu quiser etc etc etc
    né isso não o texto. é sobre

    muuuuuuuuuuuuuuuuu

    patrulha-cidadão

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  119. Você é mais uma, igual a qualquer outro fumante que não está nem aí para quem está por perto. Você acharia certo que alguém do seu lado sacasse uma arma e saísse atirando para todo lado só porque está afim ou tem esse direito?
    É a mesma coisa!

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  120. devo: comer pelo menos um tomate por dia, duas colheres de sopa de aveia, mais frutas e legumes pra fibras. e proteína - mas menos carne e mais soja, pela camada de ozônio. tomar pelo menos dois litros de água (fervida ou filtrada). diminuir o sal, tomar duas taças de vinho por dia, usar protetor solar, usar hidratante, esfoliante. nunca coçar os olhos com as mãos sujas, evitar lugares cheios, manter a casa ventilada. nunca roer as unhas, não comer carne mal-passada, respirar direito pra não ficar estressada. trabalhar, aprender, sorrir, não me irritar, não fumar. orra! pode até ser melhor pro meu corpo... mas pro meu humor: que vida CHATA!;)

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  121. Olá Lilian, não havia lido seu texto ainda. Muito bom!
    Algumas pessoas ainda não entenderam que os incômodos na vida não se reduzem à fumaça de cigarros, e que, pasmem, fumantes também se incomodam com MUITAS coisas. Eleger os maiores incômodos cabe a cada um de nós, não a políticos que, focados apenas na sua carreira, manipulam estas escolhas gerando intolerância e preconceito.
    Pimenta nos olhos dos outros é refresco: todo mundo apoiou a lei antifumo mas ninguém quer algo assim para si. Prova disso foi o Serra não ter mencionado a lei EM NENHUMA propaganda política para sua campanha. Pessoalmente, fiquei muito feliz que nem isso o salvou...

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