domingo, agosto 08, 2010

Dia dos Pais

Por Vanessa Pinho


Eu já sabia.
O pior é que eu já sabia como a história toda iria terminar.

Desde quando sai da casa dos meus pais, pra ter um pouco de sei lá o quê, pra ir em busca de algo que eu não tinha ali, eu já sabia que talvez eu não encontrasse essa coisa, sabia que talvez eu voltasse.

Eu procurei, da minha forma, esquecer o caminho de volta, e arrumei mil obstáculos que me impedissem de voltar, mas nada saiu como o esperado.
Eu sempre quis, por motivos pessoais, sair de casa quando eu fosse gente, crescesse... E foi isso que aconteceu. Só que minha imaturidade fez com que eu andasse feito caranguejo, de trás pra frente... Primeiro eu sai de casa, depois eu cresci.

Mas cresci aos empurrões, feito tia Léa me fazendo decorar tabulada de oito. [vai minha filha, presta atenção que você aprende]. Quem dera que os problemas da vida dependessem apenas de “decorar”, feito tabuada.

E aí que tudo deu errado, e o plano de ter família de comercial de Margarina, casa com graminha verde e cerquinha branca, foi por água abaixo.

Mas hoje eu sou mãe. Mãe e pai. Suspeitei que, mais cedo ou mais tarde, isso fosse acontecer. Na época, isso não me deu alegria nenhuma, mas hoje, tenho até orgulho.

Mas se não é fácil ser mãe, ser mãe e pai é o que?

Ser mãe de menino é bem mais complicado... Porque eu não sei jogar futebol de botão, não sei a escalação da copa e não sei que a cuequinha incomoda quando se puxa muito pra cima.

Mas o pior de ser mãe sozinha, nem é apenas ter que aprender a fazer pipas e puxar cuequinhas corretamente, e sim ter paciência com o preconceito das outras pessoas.

Aturar mães acima do peso em reuniões escolares, me olhando com cara de “você não tem marido, né?” e eu tendo que engolir a resposta “você tem, mas ele é gordo, fanático por futebol e não te admira, porque você é gorda e chata, né?”

E aí, faço de conta que meu celular tocou, só pra desviar do olhar da gorda que chama o marido de pai, e do gordo que chama a gorda de mãe. E fico ali, meio escutando o que a diretora fala, meio olhando as mães me olharem, meio ajeitando a roupa pra não parecer arrumada demais, visto que a maioria das mães está de blusa de viscose e coque no cabelo, meio fazendo cara de adulta pra dar a entender que sou mãe e responsável, mesmo tendo cara de paquita da Xuxa, como diria um certo desavisado, leitor assíduo deste espaço.

A reunião acaba e os gordinhos dão as mãos num ritual cansativo e automático, típico de casal que vive junto há 34 anos e não se suportam, mas simulam felicidades em reuniões escolares. Domingo, eles acordam cedo e vão comer churrasco na casa de um parente gordo também, que tem cinco filhos e mora longe... No churrasco, eles se dividem em “homens para um lado, mulheres para o outro” enquanto as crianças correm e brigam entre si.

Pior, mas muito pior do que reuniões escolares, são os olhares de primas que aprontaram um bocado durante a vida inteira, mas agora são totalmente devotas de Cristo, são “bem” casadas, se reúnem apenas entre “as bem casadas” e me olham como se eu tivesse sarampo ou piriri. Em festas familiares, elas riem das mesmas coisas, conversam sobre assuntos que variam entre novela das oito e um remédio novo qualquer.

Domingo, elas visitam a sogra e admiram seus maridos assistindo futebol-Faustão-futebol, em suas camisetas do Flamengo.

A presença do pai, de uma figura masculina, é importante demais pra uma criança, e por mais que eu me esforce pra substituir essa falta, decorando nomes de jogadores ou os alienígenas do Ben 10, não é a mesma coisa.

Lembro a primeira vez que meu filho pediu pra eu ajudá-lo a fazer pipa, e eu arrumei mil e um motivos pra não fazer...


- Mas o dia está feio pra soltar pipas, não tem sol, não tem vento... Como uma pipa vai subir sem vento?
- Mãe, me ajuda a fazer uma pipa!
- Tá!




Eu fiquei olhando aquele monte de varetas e papéis de seda, sem saber muito bem por onde começar... Depois de quatro ou cinco minutos totalmente paralisada, meu irmão chega e salva o dia.

- Pede pro tioooooooo, pede que ele sabe! :) Obrigada senhor!

Mas a vida é isso ai, às vezes se tira nota 2, às vezes 10 com estrelinhas, às vezes você roda e tem que começar tudo de novo... Mas aprendendo cada lição, sem decorar.

Nem sempre é fácil, nem todo dia é dia de sol... E apesar de todas as dificuldades de cuidar de filhos sozinha, isso acaba dando uma força e uma coragem para o mundo fora do comum...

Já não dou mais gritinhos quando vejo barata, não tenho mais medo de trovão, não sinto mais pavor quando a luz vai embora, já não choro mais...

Porque se “ser mãe” já nos dá uma capa imaginária de super poderes, ser mãe e pai dá o que?




32 comentários:

  1. Eu que fico, todo mês, te perturbando, te provocando, quase te estapeando pra fazer com que certas coisas aflorem dos seus textos, me sinto recompensado.

    E vc sabe bem o motivo.

    Não vou - nem preciso - dizer mais nada. Espero os comentários que virão a seguir. Minha missão, por enquanto, está cumprida. ;)

    ResponderExcluir
  2. Ainda tô com receio de comentar, mas não vou resistir. É incrível como esse texto me fez pensar, se encaixou muito em como eu fui criada. Várias críticas a mim mesma se passaram na minha cabeça: nossa, como eu fui ingrata, injusta, cega, arrogante, hipócrita. Não pude ver o tamanho da dificuldade de criar alguém sozinho, mesmo porque nunca cheguei a conversar diretamente com a minha mãe sobre isso. Obrigada, Vanessa Pinho. Obrigada, Mulherices por mais um texto maravilhoso.

    ResponderExcluir
  3. Pãe. Eu sou uma também e com muito orgulho! Você, descrevendo os olhares de superioridade e desprezo das orgulhosas "casadas" me fez rir. E isso acontece mesmo, não é? Ei, vou te contar um segredo: elas têm inveja de nós. Porque somos bonitas, inteligentes, independentes e fazemos, sozinhas, o que elas, na maioria das vezes, não conseguem fazer nem com ajuda dos adoráveis maridinhos. E tem mais: seremos sempre uma ameaça às suas vidinhas de contos de fadas (ah tá...), pois seus príncipes estão sempre nos olhando com olhos compridos e cheios de... "admiração" rssss....
    Meu filho tem um pai sim, que ele conhece e vê de vez em quando. Como diria um amigo meu, um pai "Disneylândia" (só aparece nas horas de diversão). O papel de pai mesmo, este é nosso. Sim, concordo que a figura masculina faz falta e não podemos, infelizmente, fingir que podemos dar conta de tudo sozinhas. Mas, se você pensar que existem pais que são motivo de vergonha e desgraça pra tantas pessoas por aí, bem, por mais que a gente erre (e, muitas vezes, tentando acertar), nossos filhos (o meu é menino também) crescerão certos de que são muito amados e fizemos o que estava em nosso alcance por eles.
    Eu nunca tive que fazer uma pipa, mas sei todos os nomes (e sobrenomes hahahahahaha) dos aliens do Ben 10 e todos os outros super-heróis que você possa imaginar. E, sabe de uma coisa? Eu adoro! Não chuto bola, mas jogo playstation e o ensino a escutar uma boa música (ele não conhece Lady Gaga, mas sabe cantarolar todas as músicas de Cats). Só assisto futebol durante a Copa do Mundo, mas o incentivo a nadar e a tocar piano. Se ele será melhor do que os outros garotos por causa disso? Com certeza não!!! E este nem é meu objetivo. Eu apenas espero que esteja fazendo a minha parte da melhor forma possível, para que meu filho cresça feliz e se transforme num homem que, com certeza, seus filhos terão orgulho em chamar de PAI.
    Parabéns por mais um texto maravilhoso!
    Um grande beijo,
    Ana Cristina Mokdeci

    ResponderExcluir
  4. Mesmo sem saber fazer pipas ou sem saber os nomes dos monstros do Ben 10, só por ser pai e mãe ao mesmo tempo, vc já merece "nota dez com estrelinhas"!

    Abs.

    ResponderExcluir
  5. Parabens Vanessa!
    Numa 2af na qual eu meio que ignorei (de forma bem doida) que dia foi ontem, por razoes que alguns entendem e outros nao, esse texto veio como uma lembrança do que minha mae tem sido na minha familia nos ultimos anos.
    E vou ligar pra ela agorinha msm para um parabens atrasado.

    ResponderExcluir
  6. Bem legal o post e o blog está de parabéns! :)

    ResponderExcluir
  7. Maravilhosa a forma de descrever tão árdua tarefa...
    Parabéns pelo texto e por se expor de maneira tão bonita e honesta (juro que to morrendo de raiva das mães da reunião, sou professora e observo isso diariamente).
    Mais um parabéns pelo dia de PÃE! E esse menininho deve morrer de orgulho dessa mãe, Ben 10 perto de Vanessa Pinho não deve ser de nada! rs.

    ah! Adorei ler vc aqui de novo.
    Beijos.
    Nathália Godoy
    http://eufiqueipratitia.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  8. O texto está divino, parabéns e feliz dia do pais atrasado tá rsrs, sou nova por aqui mas já estou fã do blog de vocês.

    Beijo

    ResponderExcluir
  9. Palmas!!!
    Parabéns por ser pai e mãe e desempenhar o seu papel... tanta criança tem os dois de corpo presente mas de alma ausente, trabalho com crianças e sei muito bem do que estou falando.
    Beijão, Edilene

    ResponderExcluir
  10. Vanessa, sua Pakita...

    Eu conheci uma moça que também tinha cara de pakita. Só que no tempo dela isso não existia. Ela teve um filho aos 23 anos, casada, direitinho, mas se separou quando o menino tinha 1 ano.
    Não foi traumático. Ela quis isso. E o pai do menino era um cara legal que até hoje é bem amigo dela. Mas ele era só um cara legal. Um cara legal tem um bom papo e é um pai razoavelmente legal... um final de semana sim e um não. E financeiramente ele não era legal em mês nenhum. Entre uma coisa e outra, ela era mãe e pai de um menino.

    Pra encurtar, o menino hoje é um homem de 26 anos, bonito, brilhante, amado por onde passa. Educado como poucos, uma simpatia...apaixonante. (e eu não estou dizendo isso só porque...opa...não te falei que ele é meu né?)

    Então. Parece difícil, mas não é não. Vou te contar o truque: Seja verdadeira, seja de verdade. Não tente ser, parecer, mostrar, o que você não é, para ele. Diga a verdade sempre. Diga que não sabe fazer pipa. Pede pra ELE te ajudar a fazer. Mostra que você é uma super-mulher -- porque você é -- mas mostra também que você é menina, e por isso frágil às vezes.
    Ele vai se tornar mais do que seu filho. Vai ser seu amigo. E quando você tiver 49 anos, ele e os amigos dele serão seus amigos. Prometo.

    Quanto às reuniões na escola, aniversários dos amiguinhos, problemas com o síndico do prédio...levanta a cabeça! Entenda que a poderosa é você. As gordas te olham daquele jeito porque elas não têm a menor chance de ser lindas, interessantes e livres como você é. Você é uma ameaça para elas...não se preocupa em parecer menos arrumada, não. Levanta o nariz. E quando elas te olharem estranho, faz BOO! Aposto que elas saem correndo. ;)

    Você é mais do que elas, porque é pai e mãe. E você é a única mãe do seu filho, o que faz de você a pessoa mais especial do mundo. Juro.

    Beijo

    Mg

    ResponderExcluir
  11. muito bom o post, ser pai e mãe ao mesmo tempo deve ser muito dificil!

    ResponderExcluir
  12. Pois bem, minha família foi uma família quase perfeita até meus 11, 12 anos, então meu pai conheceu uma p*** e traiu minha mãe que ficou extremamente revoltada e terminou um relacionamento e 11 anos.
    Eu perdi meu pai pra uma mulher que não fazia nada da vida e me afundei em crises e problemas.
    Depois do divórcio, minha mãe se tornou pai e mãe e continua sendo após 5 anos, nunca foi fácil, eu sentia falta do meu pai, tem uma grande diferença, principalmente quando você soube o que é ter um pai e um dia você acorda e ele não está lá, é um baque profundo e doloroso.
    Hoje não sinto tanto a falta dele, mas sempre bate a saudade.



    *Mais um comentário de número 13, isso é azar, né?

    =)

    ResponderExcluir
  13. Oi, meninas! Descobri o blog de vcs e estou ADORANDO! Vou acompanhar sempre e já estou pensando seriamente em participar do concurso! Quando puderem, também visitem meu blog e comentem. Serão muito bem-vindas! Beijos!

    ResponderExcluir
  14. ainda não sei bem por onde começar. e até sei, mas tenho medo de começar por um começo que mais parece um fim: a separação. sou filho de pais separados. sinceramente? isso nunca me fez muita diferença, tinha um ano quando eles se separaram, e até então acho que a única coisa que eu sabia é que sentia fome, sede e sono. não, eu nunca parei pra me colocar no lugar da minha mãe. precisei passar 17 anos da minha vida, pra encontrar um texto que me fizesse pensar sobre tudo isso. antes tarde, do que mais tarde. o texto surgiu, li, e estou nesse momento tentando criar um comentário inteligente, em paralelo, a um turbilhão de imagens que passam pela minha cabeça, imaginando minha mãe passando pelos mesmos contra-tempos do texto. sabe o que concluo? que ser mãe deve ser uma das melhores coisas do mundo, mas ser mãe e pai, é concerteza um privilégio. meu pai nem me fez tanta falta, a figura dele sempre foi bem representada. mas, enfim, o texto foi ótimississiiimo *-* adooreii.! very good, honey. Coragem aeh! (: aaaushaushua. :*

    ResponderExcluir
  15. Eeita! Que história! A reunião dos pais me trouxe certa nostalgia das "gordas e gordos" sentados com cara de " gente importante" mas sempre de olho "naquela" pessoa que se destaca. Parece um dejavu' aos meus 13 anos..
    A figura e a pessoa principalmente do meu pai sempre eteve presente na minha vida. Não tenho do que reclamar a pesar de muitos através dos cotovelos. mas ele não tá nem ai, vive a vida dele no mansinho e sem preocupações exageradas, io que muita gente quer mas não acredita que possa alguem viver assim. De certa forma vocês são "similares"..

    ResponderExcluir
  16. Sabe, Vanessa... Mesmo sabendo que não era certo...que não ía dar certo...cansada de viver essa situação que você vive com o seu filho...e aguentar esses olhares que vc aguenta...e achando a pior coisa do mundo minha filha não conviver com o pai...reatei com o pai dela só para vê-la feliz...achando que isso era o certo a fazer e ponto.Esqueci do meu ego, das minhas vontades, e quer saber?
    Estou prestes a reviver toda a situação...(prefiro conviver só com ela), certas coisas não dá para remendar...e casamento é isso que vc falou...toda uma situação armada.E no meu caso..ainda tomo todas as decisões sozinha, minha filha não quis entregar o presentinho dos dias do pai a ele! Queria dar pra mim...

    ResponderExcluir
  17. Vanessa, voltei hoje aqui para mostrar o teu texto para uma amiga que passou por tudo isso também.
    Ao reler o texto, li também os comentários. Todos!
    Muito legal como consegues acertar O ALVO com tuas palavras.
    Os demais comentários já mandei por e-mail pra ti.
    Sou fã!
    beijos....

    ResponderExcluir
  18. Confesso q ainda não entendi muito bem a história do "cara de paquita", acredito que isso seja um elogio, não?

    Teu texto é ótimo, a gente começa a ler e quando percebe, já terminou e dá vontade de saber como a história toda continua.

    Imagino que deve ser uma delícia conviver com você. Pessoa que além de linda, é inteligente, carismática e com um humor que prende a gente.

    Admiro mulheres que não tem medo de sair do lugar, de segurar os problemas sozinhas sem ter uma marido por perto,como vc fez. Existem mulheres que vivem na dependência de homens e não conseguem viver sem um, nem que seja pra sofrer... e admiro você sonhar em ter familia de comercial de margarina, enquanto que meninas da sua idade sonham com Rodrigo Santoro e baladas todo sábado a noite.

    Sou de Floripa, e conheci esse site porque vi no seu orkut. Temos amigos em comum.



    Eduardo

    ResponderExcluir
  19. Eu deveria estar fazendo meu trabalho da faculdade nesse momento, mas to aqui ainda lendo vocês.

    hahahahaaHHahahah

    ResponderExcluir
  20. realmente, ser pai e ser mae é ter super poderes, e ainda arrumar tempo pra lerr e escrever!!
    beijoss

    att
    daniella

    ResponderExcluir
  21. Tb fiquei muito emocionada com o que li, como vc escreve .
    Saí de casa cedo, fiz minha vida, casei, ajudei a criar as filhas do meu marido que é um pai-mãe.
    Hoje tenho dois netinhos lindos.
    Não tive filhos mas isso não fez de mim menos mãe.
    Somos um casal "gordinho" . hahahah
    Diferenças não são defeitos!!!
    Parabéns!!!
    Escreva mais, estou amando.

    ResponderExcluir
  22. Como você é fofaaa... *.*

    Acho que é isso que eu mais gosto na minha família sabe... a gente se reune pra fazer sushi, jogar video-game e cantar no karaokê. A gente fala sobre personagens de filmes à sociólogos. Todo mundo junto, rindo um do outro. Sem tias velhas e gordas de coque na cabeça que só sabem falar da novela das oito.

    Continue sendo essa mãe e pai que sempre tentar fazer o melhor.

    ;*

    ResponderExcluir
  23. Aiii..

    ADOREI!!!!
    Como já falei lá no orkut, mesmo a lembrança da tua voz sendo tãão remota pra mim, teu texto é tão bom que posso sentir tu contando a história!!!
    Vc é DEMAIS!!!!

    PARABÉNSSS!!!!

    Uma coisa boa esse "pai" fez...FOMOS APRESENTADAS!!!!! ADOROOO!!!

    Beeeijosssss PÃE!!!

    ResponderExcluir
  24. NOSSA, VANESSA!! ME VI NO SEU TEXTO...
    TB SOU PÃE, TENHO ORGULHO DISSO, MAS O PRECONCEITO AINDA É GRANDE E AS PESSOAS QUE SE DIZEM MODERNAS FAZEM DIFERENÇA ENTRE NOS, POREM O IMPORTANTE É COMEÇAR SEMPRE E NA PERSPECTIVA DE FAZER CADA VEZ MELHOR EDUCAR NOSSOS FILHOS PARA SEREM RESPONSÁVEIS, E PESSOAS DE BEM.
    E EU CRIEI DOIS MENINOS UM JA TEM20 ANOS E O OUTRO 18
    É UMA TAREFA DIFÍCIL, MAS É POSSÍVEL... PARABÉNS PELO SEU TEXTO, MUITO BOM!!! lOURDINHA, nATAL/RN

    ResponderExcluir
  25. Eu adorei o texto, é muito do que voce representa, é pelo teu exemplo que hoje, eu sou muito mais.
    Eu sei fazer pipas, jogar bolinha de gude, e sei a escalação do avai e do figueira. Mas isso não foi meu pai quem ensinou. Aprendi sozinho, até tocar violão, que ele toca tão bem.
    Eu te admiro Vanessa, a cada dia mais. Você é uma super mãe. Quem dera eu tivesse tido uma, mas não tive tal sorte.
    Minha familia é tradicional, mas o carinho pelos filhos sempre foi jogado para a mãe, e para o pai. No fim, não recebemos nada, acho que eramos um estorvo, nos planos.
    Para voce é diferente, e eu vejo isso.
    Agora eu entendo.

    ResponderExcluir
  26. Conheço muita gente de bem que não teve pai. Conheço muita gente de bem que não teve pai nem mãe. E também conheço muita gente sem-vergonha que teve pai, mãe, vô, vó, periquito e tudo mais o que uma família "ajustada" deveria ter.

    Deveria? Não sei. Mas é o que escuto na TV, então deve ser verdade.

    Gente que olha torto sempre olha torto -- não importa o que você faça. Vesguice moral é um problema sério... e não há óculos de semancol que cure. A melhor solução é abrir um sorriso amarelo, fingir que tem pena de si mesma por não ter marido/dono/provedor e continuar criando seu cidadão consciente -- que será, provavelente, muito mais consciente que aquele criado pelos "papais e mamães lindinhos" em uma sublime bolha familiar de preconceito burro.

    Não conheço seu filho, cara autora, e não faço idéia se você é boa mãe-pai ou não. Mas arrisco dizer que, se ele recebe o mesmo carinho e atenção que transparecem de seus textos, deve ser um carinha e tanto.

    Um beijo e parabéns pelo seu texto e pelo seu dia,
    Fabio Piva
    http://paciencianegativa.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  27. Achei seu texto maravilhoso, me deu até vontade de ser mãe e pai :), conheço um amigo que não é nem mãe e nem pai ele é Pãe, tem uma filha, e um homem criar uma filha sozinho é complicado...
    feliz dia dos Pais, atrasados ;)

    ResponderExcluir
  28. familia Margarina... é o povo ainda acredita cegamente em "familia ideal" com pai mãe filhos e cachorros tsc tsc

    Então vou fazer AQUELE tipo de comentário "nossa quanto tempo ..." hauahauaha
    pois é gostei do blog novo e aparecerei aqui mais vezes.

    ResponderExcluir
  29. É incrível como cada vez que leio um post seu eu penso: "É por isso que eu sou fã da Vanessa Pinho".

    Houve certos comentários por aqui que foram tão fantásticos quanto o seu texto.

    ---- E se quiser saber algo sobre o Ben 10, pergunte. Eu adoro! rsrs ----

    ResponderExcluir
  30. O mais importante pra se dar pra um filho vc mostra ter de sobra nesse texto: amor e coragem.
    Certamente ele será um grande homem...

    ResponderExcluir