Por Karina Lima
Em um [nada] belo dia, acordei com um revólver apontado para a minha face, fixamente. Por trás da arma suja e fria, estavam dois rapazes que, sutilmente, me puxaram os cobertores e pediram que eu me retirasse do [meu próprio] quarto sem fazer barulho algum, para que eles pudessem executar seu trabalho sem empecilhos. Enquanto isso, um outro cidadão já estava firme e forte na tarefa de desplugar ou desparafusar toda sorte de aparatos eletrônicos que estivessem no raio de sua visão, aqui em casa, cômodo a cômodo. A eternidade, nesse dia, media uma hora e vinte minutos – tempo esse que durou a tal visita indesejada que tivemos recentemente.
Pouco antes, meu pai fora rendido por esse lépido trio, quando saía para trabalhar. Sem escolha e sob ameaça, ele guiou os meliantes até a casa onde, antes das seis da manhã, nós todos dormíamos tranquilamente. Não me recordo de ter sentido tanto medo na vida, ou de, ao mesmo tempo, ter acumulado tanta vontade de ver três pessoas serem moídas em moedores gigantes de carne. Eles nos amordaçaram, fizeram ameaças, pressionaram, barbarizaram. Invadiram o nosso forte: estávamos ali, vulneráveis, em pânico e a mercê das circunstâncias. Saindo pelas portas, eu assistia a ciranda de vários itens de valor material ou sentimental que se despediam. Naquele momento, meu maior temor era pelos amores que estavam ali, deitados e paralisados pela angústia: meus pais e meu irmão dividiam comigo uma cena que eu só julgava típica das telas de cinema, ou de telejornais daqueles bem carniceiros.
Perdão pelo mau jeito: creio que ainda faltem algumas referências sobre os moços dessa história -- esses três elementos são, segundo os profissionais de Direitos Humanos, pobres páreas de nosso cruel sistema. Coitadinhos, vítimazinhas. Para eles, tudo: a paciência, a complacência, a tolerância – a lei está ao lado deles, e eles sabem manejá-la tão habilmente quanto um advogado diplomado.
Convenhamos: vilã sou eu, certo? Eu sou a representação da contramão nesse negócio. O Policial disse que gente como eu e você é que temos culpa por incidentes como esse: se um mau elemento me assalta a casa, é por conta do chamado ‘vacilo do civil’: vacilei, abri o portão, fui displicente. Por aí. Culpa minha. A culpa não é do marginal, que possui uma ferramenta que tem alto poder pra fazer as pessoas se moverem, chamada revólver. Mais fácil mexer comigo, não é mesmo?
Meu pai é vilão: foi reconhecer um dos criminosos, e soube que os acusados têm acesso a 100% das informações sobre quem os acusam. Para vítimas, insegurança pouca é bobagem.
Acreditem quando digo: eu é que sou um verdadeiro perigo em potencial. Um dia após esse ocorrido, saí com o carro e esqueci completamente da Lei do Rodízio Municipal – alguém tem dúvida de que eu fui punida com o devido rigor da lei? Sou eu: contraventora, a seu dispor. Manejei o carro sem minha Carteira de Habilitação, levada por aqueles filhos da pátria. Se eu sou surpreendida sem ela, imaginem vocês...
Pergunta que não cala: já que sou direita, tenho mais direitos ou deveres? Sou eu a presa mais fácil para esse mar de regras? Me cai bem esse papel imbecil?
Quando fui tirar meus novos documentos, reconfirmei que era tudo culpa minha mesmo: pago novamente todas as taxas para recuperar papéis que me foram subtraídos, à exceção da carteira de identidade. Quem mandou vacilar, não é? Poderia ficar trancada em casa a vida toda, sem abrir o portão nem pro carteiro ou os testemunhas de Jeová aos domingos, e estaria segura – ou aí sim, estaria mais presa? Pensando bem, eu é que devo ficar trancafiada, afinal... lugar de vilã é atrás das grades.
Se sabemos que meu trabalho tem 40% do resultado financeiro destinado aos cofres públicos – isso ocorre com você também, amigão -- talvez não fosse pedir demais ter mais respaldo e menos omissão. Posso me considerar roubada por essa gente engravatada, então? Sem dúvida, a nossa era é do combate ao mais frágil: bombardeiem o fumante individual, e não a Cracolândia. Penalizem a cidadã direita, mas não mexam com o bandido, que sabe se defender infinitamente melhor, e que é mais forte, ainda.
Ah, não disse tudo: os três meninos também levaram todo o acervo e todos os backups do meu trabalho – se eu atrasar com compromissos, se não tiver tempo hábil nem pra respirar, faço o quê? Conformo-me. Só abro exceção da conformação em uma hora do dia: lá pelo horário nobre, dou uma trégua nesse sentimento. É exatamente quando ouço os candidatos às eleições prometerem uma série de coisas que não me atingem ou beneficiam, e quando falam visceralmente sobre essas utopias nacionais todas, com uma teatralidade de fazer inveja. Vai ver propaganda partidária é ‘pros bonzinhos’, o que não é o meu meu caso, obviamente. Parem esse brinquedo, porque quero é descer dele.
Os valores que norteiam nossa sociedade estão cada vez mais invertidos. Lembrando que quando um desses delinquentes vao finalmente presos, somo nós que, tal qual cordeiros, pagamos para mantê-los.
ResponderExcluirMe avisem qdo parar esse brinquedo, q quero desccer c vc!
Abraços,
Gi
Infelizmente nós vítimas dos bandidos é que somos considerados culpados, os valores familiares, sociais, etc... acabaram há muito tempo, os políticos nos cham de idiotas a todo momento e nós como ficamos.
ResponderExcluirBem... nós temos que pagar altíssimos impostos e não abrir o portão de nossa casa para sair para o trabalho.
A culpa é sempre daquele que tenta fazer o melhor para ou simplesmente viver dignamente na sociedade. Na verdade, enquanto se buscar o culpado e arremessar a culpa de um lado para o outro ao invés de se reavaliarem a abrangência e prática das leis, normas e regras sociais - das mais simples às mais complexas - continuaremos sofrendo as consequências e levando a culpa da inversão de valores desta sociedade de conveniências em que vivemos.
ResponderExcluirÉ preciso se indignar, mobilizar, denunciar o descaso e (pra quem tem fé) rezar pra que aqueles que atuam mais proximamente à lei tenham honestidade, bom senso e segurança no exercício de suas funções.
Parabéns pelo texto.
Dá vontade de gritar indignada com você!
E sou mais uma que espera que o brinquedo pare para eu descer antes que me joguem dele em movimento...
@TalithaMesquita
Há tanto a ser consertado, que quando me pego pensando nisso logo desisto, me sinto frustrada e não vejo saídas. A gente se cansa de ser vilão, de pagar para sustentar deliquentes, aos quais são garantidos direitos humanos. A gente se cansa de estudar tanto, acordar cedo pra ter uma vida melhor e ver delinquentes, delinquentes não declarados, levando a melhor. Triste não?
ResponderExcluirFicam as dúvidas:
Será que não somos maioria pra fazer mudar? Será que vou preferir não ter filhos, pelo medo de que isso nunca acabe?
Parabéns por sempre acertarem nos temas!
beijos
Bah! Sinceramente muito bom teu blog, texto interessante e inteligente, to te seguindo ai guria ! Parabens ... ^^
ResponderExcluirTá tudo, cada vez pior, eu tenho medo de sair a noite na minha cidade(que é pequena).
ResponderExcluirFicamos cada vez mais presos, a violência aumenta cada vez mais.
Realmente, é muito triste uma pessoa passar por uma situação com essa. Na minha opinião, a violência toma conta das cidades por falta de investimento em políticas públicas. Só a presença do Estado fará com que a criminalidade diminua.
ResponderExcluirParabéns em transformar um desabado em um ótimo texto.
Quando puder, visite:
http://midiacidada.blogspot.com
Abs!
É verdade, hora de reclamar da polícia que não faz nada! Ou melhor, vamos reclamar dos políticos que não garantem presídio para toda essa gentalha!
ResponderExcluirNão, não, calma aí, bater em político com um cabo de vassoura escrito segurança pública é chutar cachorro morto... Vamos atacar o povo-sem-o-que-fazer dos direitos humanos! Eles é que são os verdadeiros vilões! Uns demagogos hipócritas que ficam defendendo só os maus, só os bandidos desgraçados que, em geral, são uns preguiçosos e maus-caráteres!
Que só querem tirar vantagem de tudo, vivem na moleza e na vida boa, com toda essa gente, que eu tentei atacar antes, aquecendo-lhes as costas. E pior! Com Deus ajudando eles!
Aliás, Deus ajuda mesmo quem cedo madruga! Antes do pai da senhora Karina sair para a labuta diária, eles já tinham chegado nela. Merecem mesmo a ajuda de Deus, acordaram antes.
Culpemos Deus! Esse aí sempre sai com a cara limpa de qualquer situação! E ainda colhe os louros de qualquer triunfo. Ô cara de sorte é Deus! Pena que ajuda bandido!
Bem, sejamos justos: vão-se os anéis e ficam-se os dedos. E, pelo relato, apesar do trauma, a família da senhora Karina está toda completa, com a graça de... Deus é mesmo o cara!
Pronto, fui assaltado, já xinguei todo mundo, ironizei minha culpa, fiz minha reclamação e bati o pé! Ufa!
Dia 3 de outubro eu vou lá e voto! E daí começa outro ciclo de quatro anos. Ciclo esse que vai desde a alfabetização do futuro bandido até a, sejamos sinceros, saída dele da escola... Tudo financiado com meu dinheiro! Meus impostos! 40% do que eu ganho!
Pois é! Tudo pago com meu dinheiro... Desde a tinta da caneta do legislador até o salário do policial que me acusa de dar mole. Mas eu voto! Eu insisto!
A Globo fala que é assim que se mudam as realidades. Então eu voto! Afinal, tenho mais de trinta anos, e as coisas estão mesmo mudando pra melhor. Principalmente quando o assunto é segurança pública!
Mas eu não só voto, eu faço a minha parte, comento em blogs! E você? Já fez sua parte? Então comente aqui!
Muito interessante e inteligente o seu texto, virei fã e acho q vou ser seguidor tbém hehehe...parabéns e sucesso cada vez mais no blog. Espero que possas sempre trazer matérias úteis como essa. grande abraço do amigo @ericopena
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAh... Esqueci de comentar uma coisa fundamental para mudar as estruturas de qualquer sistema em círculo vicioso: passeatas e movimentos das elites pensantes!
ResponderExcluirClaro, claro! Vamos fazer uma passeata! Ou vestir preto, azul, vermelho, camisa da seleção brasileira, camisa do flamengo! (Opa, não, camisa do flamengo não, que os bandidinhos também usam!). Vão achar que ao invés de passeata é arrastão.
Afinal, a gente só faz esses movimentos pelas ruas dos bairros nobres das grandes cidades. Se todo mundo estiver com camisa dos grandes clubes o povo do bairro chique ficará tenso.
Mas é isso: passeata é a solução!
Depois a gente volta à nossa rotina: trabalho, barzinho, "um tapinha" no baseado que ninguém é de ferro e 3 de outubro a gente vota!
Claro, dirigindo com cuidado, e com documentos, porque se a "puliça" pára, e estamos sem eles, tem que rolar um dinheiro "pros homis". Não é justo que eu leve uma multa, e, não sejamos hipócritas, qualquer "dez real" inverte o sistema corrupto, que tanto me prejudica, a meu favor.
Agora falando sério (eu vou morrer prolixo):
Se cada um aqui colocar a mão na consciência por um minuto e pensar o que tem feito de fato pra mudar essa realidade, qual vai ser a resposta?
Quantos aqui não cometemos diariamente, e toleramos sem nenhuma vergonha, atos de corrupção (ou ante-sala da corrupção), que carinhosamente chamamos de "jeitinho brasileiro"? Pôxa, o jogo não pode ser jogado tão duramente, né?
Não vale dizer que paga impostos. Porque assim você só financia esse sistema e esse círculo vicioso aí. Não vale dizer que vota, porque isso não tem se mostrado muito inteligente, não... Pelo menos não do ponto de vista estatístico. É só colher os índices de hoje e comparar com os de ontem. E não venham me dizer que o problema é mundial. Isso não é argumento que justifique.
Humm. Então o que fazer?
Que tal mudar a postura? Que tal cumprirmos às leis de verdade? Será que é o bandido quem "compra" o guarda com "dez real"? Será que é ele quem corrompe a polícia, e afasta a possibilidade da corporação só ter gente de bem trabalhando nela? Com treinamento adequado e ética. Ou será que quem tem ética não quer nem ser político ou policial porque não quer se misturar? Prefere fazer outra coisa que pague melhor? Ou escrever em blogs? Ou comentar neles?
Será que é o bandidinho é quem financia o tráfico de drogas? Será que é com o dinheiro dos impostos da renda dele que se constroem superfaturadamente as coisas? Será que é ele que, quando pode, faz valer a lei de Gerson?
Humm... Será?
Eu me revolto com uma situação dessa.
ResponderExcluirNesta quinta-feira passada houve um debate para governador do meu Estado, o Pará, e a atual gestora disse que a segurança pública é algo que não a preocupa.
Pô, o estado que tem o terceiro município mais violento no Brasil, não seria um belo motivo pra ela mudar esse discurso?
Recentemente, dona Ana Julia Carepa ALUGOU para a PM cerca de 140 carros para fazer rondas por Belém. Tudo isso em véspra de camapanha. Quem ela quer enganar?
O contrato de aluguel é meio suspeito..
Ah, tem um agravante: os carros são 1.0, enquanto "nossos" ladrões assaltam com um Vectra, outro dia com Audi. dois depois com uma toyota 4x4.. A "classe" tá inovando em suas ações.
E a Polícia? Nem vou responder..
Estou no 1° semestre de Direito, mas estou começando a achar que esse tal de Direitos Humanos é uma roubada.
Se você tivesse armada e desse um tiro neles, aí viria a imprensa e o pessoal dos Direitos Humanos dizer que você não tinha o direito de fazer isso.
ResponderExcluirAcho que nem preciso comentar mais nada.
Sinto muito pelo que te aconteceu, espero que tu recuperes em dobro tudo que te levaram - inclusive o tempo que te tomaram com a burocracia a qual tu estás submetida agora(BO, novos documentos, etc, etc, etc - afinal, o Brasil é o país das papeladas).
Felicidade, solidariedade e humanidade!
ResponderExcluirOh God!
ResponderExcluirSinto muito pelo que você passou, flor...
É uma tristeza ver que as coisas estão nesse ponto, de você mesma ser culpada por algo que alguém inflige a você.
Dá-me náuseas essa palhaçada que se tornou nosso sistema penal, onde os criminosos são vítimas.
Eu nem consigo falar direito sobre isso, porque a raiva começa a consumir minhas palavras.
Desejo que você esteja bem, que recupere o que perdeu no acontecido e supere qualquer tipo de 'herança' que essa 'visita' possa ter deixado.
Sei na pele o quanto é revoltante esse sistema... Meu pai era policial, daqueles que levam a regra à risca e fazem valer seu profissionalismo, embora não fosse militar. E pagou por isso com a vida, só pra fazer valer as regras desses seres que mandam mais que aqueles que deveriam ser comandantes, já que nós os nomeamos pra isso... Pagaram? Dizem que sim, que foram presos e soltos até que morreram. Resolveu? Não, não houve ressurreição por aqui... E o sentimento de impotência? O tempo e o terapeuta resolvem.
ResponderExcluirHá perdas que são reparáveis, que cicatrizam. Outras, parecem feridas abertas sem cura...
(Obs.: embora piegas, foi só um desabafo. Obrigada pelo espaço!)
Gostei do texto, embora não concorde com algumas coisas.
ResponderExcluirAcho, por exemplo, que o discurso contra os "Direitos Humanos" só serve para caracterizar o falso moralismo daqueles justiçeiros retóricos, que abundam em programas televisivos.
Pela referência ao rodízio, imagino que isso tenha ocorrido em São Paulo.
A cidade em que o governo faz acordo com facções criminosas. A cidade em que as pessoas "de bem" tem cinco vezes mais obrigações do que direitos. A cidade em que moradores de certos bairros fecham os olhos para realidade e tentam viver como nova-iorquinos.
Enfim... Já passei por situação parecida e sei como é difícil. Espero que supere logo o trauma.
bjs.
justiceiros*
ResponderExcluirVendo situações como essa perguntamos: compensa fazer o correto?
ResponderExcluirVai responder que sim aqueles que possuem consciência, que são éticos. Mas nem por isso vamos deixar de nos revoltar com tamanha injustiça.
Pior é que analisando como tudo vem acontecendo, parece que cada vez mais viveremos presos e monitorados e ai de quem não usar o sensor de última geração ou de quem não filmar tudo o que ocorre ao redor de casa. Este sim é culpado, não o criminoso aff...
E agora lembrei da dona que jogou a gatinha no lixo e esta recebendo toda proteção policial pra não ser agredida pelos defensores dos animais. Coitadinha dela né? Quem ama animais é vilão agora!
Revoltante mesmo...
Ainda acho que "bandido bom é bandido morto" :S
ResponderExcluirEnfim,
ameeei o subtítulo do blog ;P ahauhau
"Porque meiga é a Hello Kitty"
Ultimamente está cada vez mais complexo de entender e vivenciar valores.. Não digo por cada pessoa.. Mas como sociedade!
ResponderExcluirComplicado mesmo!
Seu post foi muito bem trabalhado... Opiniões fortes e bem condizentes com a realidade...
Gostei!
;D
assim vive a humanidade, a regra é clara, cada um por si...
ResponderExcluirCada um por si e que se fodam todos!
ResponderExcluirÉ como a colega lá acima citou: ''Infelizmente nós vítimas dos bandidos é que somos considerados culpados.'' adorei!
ResponderExcluirgostei mt do texto
ResponderExcluirtraduz exatamente o que vivemos nesse mundo de bandidos e mocinhos
só resta saber se somos bandidos ou mocinhos
acho q somos os dois
já toh seguindo
parabéns pelo blog
Nem dentro da própria casa estamos seguros, mesmo que com todo aparato de segurança... gente de bem presa dentro de casa enquanto os meliantes andam livres pelas ruas... revoltante isso!!
ResponderExcluirÓtimo texto!!
Edilene
@edileneruth
http://devaneiopulsante.blogspot.com/
Me mudei do Rio de Janeiro simplesmente por não acreditar que em minha geração eu pudesse usufruir, lá, de uma cidade tranquila e boa pra se viver, como foi minha infância.
ResponderExcluirNão sei se a fuga foi a melhor alternativa, mas hoje tenho família, 2 filhos em uma cidade de porte médio, relativamente calama, mas mesmo assim, moro em condomínio fechado...
A autora tem razão, os culpados somos nós, os "presos" em gaiolas de ouro somos nós, que pagamos nossos impostos e não vemos ele voltar em segurança pública, saúde ou educação.
Belo texto, como sempre
Hugo
@hugopt
www.hugopt.blogspot.com (SEM ANESTESIA)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei esse texto, sinto muito pelo que aconteceu com você...Imagino que não deve ser nada fácil e acho que não conseguiria sentir realmente a dimensão desses fatos todos até que acontecesse comigo.
ResponderExcluirSempre que vemos um desses "fatos" de telejornal acontecendo com a gente é que sentimos realmente o que é ser vítima desse poder público.
Parabéns pelo texto, expressou muito bem!
E sabe o que dá mais raiva? É quando o filhodaputa tem 17 anos 11 meses e 29 dias e o estado protege. Isso é revoltante. Sou totalmente a favor que diminuam a menor idade penal, principalmente neste Brasil!
ResponderExcluirAndo tão enrolado que demorei pra passar aqui... Kari, só posso te desejar tudo de bom e que você se livre desse trauma o mais breve possível.
ResponderExcluirCoememorando o BlogDay, fiz um post pra comemorar a data e indiquei o blog de vocês.
ResponderExcluirVeja lá: http://blogdojeco.blogspot.com/2010/09/blogday-3108-atrasado.html
Abraços.
Já passei por situação parecida. Fui sequestrada dentro de um supermercado, ouvi muito que eu dei bobeira, deixei meu carro no lugar errado, enfim um monte de asneiras.
ResponderExcluirA única coisa que não ouvi foi que os impostos que pago passariam a ser usados para me proteger contra a violência.
Se você é vilã.. todas as pessoas que eu julgava honestas e boas, também são vilãs, eu também sou.
ResponderExcluirNunca passei por situação parecida, mas uma irmã minha, que na época tinha uma loja de roupas, foi roubada, no meio da noite, os vidros da loja foram quebrados, e os policiais não encontraram os culpados. conclusão, a vilã da minha irmã, que ainda não tinha as comeras de segurança, teve que comprar uma nova porta, além do prejuízo financeiro, que ela provavelmente mereceu, afinal, lojas sem câmeras de segurança, é pedir roubo.
triste realidade u-u
ô Brasil...
ResponderExcluirsó aqui que o bandido tem mais direitos que a vítima ¬¬
cada dia que se passa as coisas pioram. O Brasil nunca vai pra frente,e sabe pq? pq ngm ker conseguir akilo ki tanto deseja na base do trabalho,e sim da maneira mais fácil: tirando de kem tem.
ResponderExcluirPois é, cara autora, qualquer coisa que eu venha a escrever aqui soará como clichê absoluto. Seu próprio texto é clichê absoluto -- não porque você é incapaz de relatar essa realidade absurda de forma mais original, tampouco porque lhe falta perspicácia para perceber o mundo de uma forma menos trágica. Não, não vejo como relatar de outra forma este ocorrido revoltante, e que acontece no mínimo TODOS os dias com alguém por aí. Seu texto é fiel à realidade e essa realidade é clichê de filmes de terror -- infelizmente.
ResponderExcluirDessa vez os sorteados foram você e os seus, hoje será algum outro irresponsável descuidado. Amanhã, talvez sejamos eu e minha família. E assim, de clichê em clichê, vamos vivendo nesse feudalismo moderno -- cercados por muros altos, grades e trancas, abdicando da liberdade na esperança secreta de que os marginais exerçam seu "ofício" com aldeões menos precavidos que nós. Porque esperar que fossem punidos e desaparecessem do convívio social seria clichê e otimismo DEMAIS.
Parabéns pelo texto, e força. Por incrível que pareça, você teve sorte -- poderiam ter levado algo mais caro.
Beijos,
Fabio Piva
http://paciencianegativa.blogspot.com/
Parabéns, Karina!
ResponderExcluirTexto top! Que sufoco vocês passaram, heim? Ainda bem que vc e sua família estão bem!
Pelo menos a experiência (desagradável) te rendeu linhas de imensa inspiração! Tô contigo e não abro! Beijão!
Ana Cristina Mokdeci
http://www.anacristina-mokdeci.com
Parabéns, Karina!
ResponderExcluirTexto top! Que sufoco vocês passaram, heim? Ainda bem que vc e sua família estão bem!
Pelo menos a experiência (desagradável) te rendeu linhas de imensa inspiração! Tô contigo e não abro! Beijão!
Ana Cristina Mokdeci
http://www.anacristina-mokdeci.com
Filhos da Pátria!!!
ResponderExcluirSei bem o q é viver isso. Só q dei menos azar q vc. Eu não estava em casa. Estava de férias, em recife, curtindo férias, depois de um ano duro, de muita ralação, fui descansar, afinal, tb sou filha da Pátria!
Pois bem, quando retornei, em plena terça-feira de carnaval, haviam feito a minha mudança. Levaram tudo! Absolutamente tudo!
E o q me restou?
A minha frustração e o recomeçar de novo!
Dói demais isso!